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Projeto que cria pacote para setor de eventos entra na pauta da Câmara

Com quase um ano de pandemia, setor segue em crise, com mais de 450 mil empregos afetados

atualizado

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O projeto de lei que prevê um pacote de benefícios para o setor de eventos entrou na pauta de votações da Câmara dos Deputados nessa quinta-feira (11/02), em regime de urgência, mas não chegou a ser sequer discutido no plenário. A apreciação do PL 5.638/2020 vem sendo fortemente reivindicada nas últimas semanas pelo segmento, um dos mais afetados pelos efeitos da pandemia da Covid-19. Entre as medidas da proposta estão acesso a parcelamento de débitos e a novas linhas de crédito.

Como o regime de urgência está mantido, o tema pode voltar à pauta a qualquer momento, sem necessidade de tramitação pelas comissões da Casa. Na sessão de quarta-feira (10/2), o vice-líder do governo, Evair Vieira de Melo, ressaltou que o Executivo concordava com o pedido de urgência, mas não se comprometia com o mérito. Presidindo os trabalhos na ocasião, o deputado Marcelo Ramos (PL/AM) rebateu dizendo que haveria negociação.

Apesar da declaração, Marcelo Ramos, novamente na presidência, encerrou a sessão antes de pedir parecer em plenário das comissões de Constituição e Justiça; de Desenvolvimento; e de Finanças e Tributação. O projeto, de autoria do deputado Felipe Carreras (PSB/PE) foi o único da pauta não apreciado, num dia em que um dos maiores destaques foi a aprovação da proposta que cria hipótese de dano qualificado em casos de danificação de insumos e vacinas contra Covid-19.

“Não cumprimos toda a pauta hoje. Esse importante projeto para o setor de eventos foi excluído e precisa voltar (ao plenário)”, disse, ao fim da sessão, a deputada Érika Kokay (PT-DF).

Em abril do ano passado, logo no início da pandemia, um estudo do Sebrae mostrava que 98% do segmento fora atingido. Dez meses depois, a crise não foi aliviada, com mais de 450 mil empregos afetados. Coautora do requerimento de urgência, a deputada Clarissa Garotinho (PROS/RJ) ressaltou que, desde o início da crise sanitária, uma inércia tomou conta do setor, que inclui congressos, shows, eventos culturais, feiras de negócios, entre outros.

“Não faltou criatividade para o setor na tentativa de driblar os obstáculos, criando até modelo drive-in e live-show, mas os danos foram muitos fortes. O que está em jogo é a preservação de todo um segmento, incluindo uma cadeia importante de prestadores de serviço e fornecedores”, disse Clarissa.

Medidas previstas

Entre as medidas previstas no projeto de lei apresentado em 22 de dezembro de 2020 está a possibilidade de parcelamento dos débitos, tributários ou não, na Secretaria da Receita Federal, na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e no BC, além de débitos com FGTS e contribuições instituídas pela Lei Complementar 110. O prazo máximo de amortização será de 120 (cento e vinte) parcelas iguais e sucessivas. Para fazer jus ao benefício é preciso, no entanto, aderir ao Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (PERSE).

O pacote também obriga as instituições financeiras federais a disponibilizarem especificamente para empresas do setor de eventos: condições especiais para renegociação de débitos que eventualmente essas empresas tenham junto a essas instituições, linhas de crédito específica para o fomento de atividades, capital de giro e para a aquisição de equipamentos — em 120 parcelas mensais reajustadas pela Selic adicionadas de, no máximo, 3,5% de juros ao ano.

Se for aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto segue para análise no Senado Federal. Lá, para ser aprovado sem a necessidade de longa tramitação em comissões, a proposta também precisa ter um requerimento de urgência apreciado pelos senadores.

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