Compartilhar notícia

Marcius Melhem perdeu a ação que moveu contra a revista Piauí pela publicação da reportagem “O que mais você quer para calar a boca, filha?”, sobre as acusações de assédio do humorista a Dani Calabresa.
No processo, Melhem alegou que a matéria fez um julgamento público contra ele, com abuso de liberdade de expressão, e, por isso, pediu indenização de R$ 200 mil.

No texto, a publicação descreve um episódio em que Melhem teria agarrado e tentado beijar uma atriz de Tá no Ar à força, num flat da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro Reprodução/TV Globo

De acordo com a investigação, entre 2010 e 2019, o humorista teve comportamentos impróprios e inadequados em diversas ocasiões, nos mais variados locais, entre eles, os Estúdios Globo Divulgação/Globo

Outra disse que ele a chamava de “piranha” e propunha ter relações sexuais com as colegas de trabalho. Mais de uma das vítimas disse que foram profissionalmente boicotadas por terem resistido às investidas sexuais do artista Divulgação/TV Globo

Marcius Melhem trabalhou na Globo por 17 anos Reprodução

A atriz é uma das oito mulheres – todas ex-subordinadas de Melhem na Globo – que acusaram o humorista de assediá-las sexualmente e, em alguns casos, moralmente Globo/Divulgação

Uma delas contou que no flat em que a Globo alugava para funcionar como redação do núcleo de humor, Melhem recebia atrizes de “cuecas, com as calças abaixadas ou sem calças” Reprodução/TV Globo

Marcius Melhem era diretor de humor na Globo Divulgação
Na sentença, o juiz decidiu que a liberdade de expressão foi exercida de forma moderada, já que a reportagem apresenta fatos de maneira objetiva, sem juízo de valor sobre Melhem.
A ação foi julgada improcedente e o humorista foi condenado a arcar com as custas processuais e honorários dos advogados, no valor de R$ 20 mil. Melhem recorreu da decisão.
Atualização:
A defesa de Marcius Melhem enviou a seguinte nota:
Marcius Melhem irá até o fim para mostrar que as histórias narradas na revista Piauí não são verdadeiras. Convém lembrar que a defesa de Melhem já divulgou um documento com pelo menos 43 erros na reportagem. Vários colegas do humorista que estavam presentes nos momentos narrados pela revista já se dispuseram a depor em juízo para ajudar a restabelecer a verdade. Cinco meses depois da reportagem não há nenhum processo instaurado contra Marcius Melhem por assédio sexual. A verdade vai aparecer no seu tempo.