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Criticado por papel de pedófilo, Porchat se defende: “Tudo mentirinha”

Ator falou à coluna LeoDias e ressaltou que vive um vilão no longa Como se Tornar o Pior Aluno da Escola: “É um personagem mau”

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Fabio Porchat durante o Que História É Éssa, Porchat? - Metrópoles
1 de 1 Fabio Porchat durante o Que História É Éssa, Porchat? - Metrópoles - Foto: Reprodução/Instagram

Criticado nas redes sociais desde o domingo (13/3), por conta de uma cena polêmica do filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola, o ator e apresentador Fábio Porchat falou com exclusividade à coluna LeoDias nesta segunda (14). Ao citar a polêmica, fez questão de lembrar que Cristiano, o pedófilo que interpreta no longa, é um vilão. E também ressaltou que foi contratado para trabalhar na produção, sem qualquer vínculo com a concepção da obra.

“Vamos lá: como funciona um filme de ficção? Alguém escreve um roteiro e pessoas são contratadas para atuarem nesse filme. Geralmente o filme tem o mocinho e o vilão. O vilão é um personagem mau. Que faz coisas horríveis. O vilão pode ser um nazista, um racista, um pedófilo, um agressor, pode matar e torturar pessoas”, explicou.

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Na sequência, Porchat lembrou de outros personagens malvados que marcaram época no cinema e na TV: “O Marlon Brando interpretou o papel de um mafioso italiano que mandava assassinar pessoas. A Renata Sorah roubou uma criança da maternidade e empurrava pessoas da escada. A Regiane Alves maltratava idosos. Mas era tudo mentira, tá gente? Essas pessoas na vida real não são assim”, lembrou o humorista.

Fábio Porchat ainda fez questão de salientar que intérpretes de grandes vilões costumam até ser reconhecidos por suas atuações emblemáticas em premiações como o Oscar. E fez uma ressalva: retratar temas polêmicos, como a pedofilia, em produções do audiovisual não é o mesmo que fazer apologia ao crime: “quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado. Às vezes é duro de assistir, verdade. Quanto mais bárbaro o ato, mais repugnante. Agora, imagina se por conta disso não pudéssemos mais mostrar nas telas cenas fortes como tráfico de drogas e assassinatos? Não teríamos o excepcional Cidade de Deus? Ou tráfico de crianças em Central do Brasil? Ou a hipocrisia humana em O Auto da Compadecida. Mas ainda bem que é ficção, né? Tudo mentirinha”, finalizou.

No longa, Porchat interpreta um pedófilo, Cristiano. A abordagem aos garotos não é nada sutil. Mediando um conflito entre os meninos, o homem diz: “Vamos esquecer isso tudo, deixar isso de lado? A gente esquece o que aconteceu e, em troca, vocês batem uma punheta pro tio”.

Como se Tornar o Pior Aluno da Escola foi lançando há cinco anos, em 2017 e estreou recentemente na Netflix. Políticos da base de apoio ao governo federal têm tecido duras críticas ao longa e prometem entrar na Justiça para que a produção seja retirada do ar.

O filme é baseado no livro homônimo escrito por Danilo Gentili. A comédia tem roteiro de Fabrício Bittar, que também responde pela direção do longa, Danilo Gentili e André Catarinacho. Na história, Gentili interpreta Danilo, o autor de um manual que ensina crianças a serem o pior aluno da escola.

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