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Após acidentes em shows, bombeiro explica regulamentação de pirotecnia

Nesta semana, Xand Avião teve o braço queimado e uma fã de Felipe Amorim se feriu, gravemente, podendo perder a visão

atualizado

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Felipe Amorim dispara fogos de artifício em show e fere fã nos olhos
1 de 1 Felipe Amorim dispara fogos de artifício em show e fere fã nos olhos - Foto: Reprodução/Instagram

Na última semana, dois acidentes envolvendo pirotecnia em shows – um com Xand Avião e o outro com uma fã de Felipe Amorim – deixaram a web em alerta sobre o uso de fogos de artifício durante as apresentações. Para sanar as dúvidas sobre o que é permitido ou não em locais de show, a coluna LeoDias conversou com o Major Palumbo, do Corpo de Bombeiros de São Paulo.

O caso mais recente aconteceu na terça-feira (24/5), em Miguel Alves (PI), quando o cantor Felipe Amorim disparou, acidentalmente, alguns fogos de artifício em direção a uma jovem que estava presente no local para assistir ao espetáculo. Letícia, de 16 anos, está internada no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), e corre risco de perder a visão.

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Já Xand Avião se machucou no último sábado (21/5). Durante sua apresentação no Festival Viixe Forró e Piseiro, o cantor ficou em frente ao local que disparava uma rajada de fogo, na hora em que o mecanismo foi ativado. Apesar do susto, ele só queimou levemente o braço. 

Ao analisar ambos os casos, o Major Palumbo relembrou a tragédia da Boate Kiss, que matou 242 pessoas e feriu outras 636 pelo uso de mecanismos pirotécnicos durante um show. Para ele, o caso foi decisivo em prol de uma mudança na legislação do país, que ficou mais restrita para proteger ainda mais a população de casos semelhantes. 

Ele falou especificamente sobre as leis em vigor no estado de São Paulo: “Nós temos hoje uma exigência de controle de material de acabamento, de todas as partes como o forro (…) Desde 2015, aqui no estado de São Paulo, não pode ter nenhum tipo de show onde você tenha o uso do material pirofórico. Vai escrito no auto de vistoria: proibido o uso de fogos de artifício. (…) E também há uma série de demandas, por exemplo: (o local do show deve) ter brigada de incêndio, rota de fuga adequada, responsabilidade técnica sobre as fiações elétricas, responsabilidade técnica sobre os controles de material de acabamento…”.

Esse último, inclusive, tem grande importância na vistoria, segundo o Major, pois trata dos “locais onde tem revestimento acústico, onde tem parede, onde tem parede com estruturas que não são de concreto e cimento, que não pegam fogo. Às vezes existem decorações, todas elas precisam ser antichama”.

Ele ainda explica como o Corpo de Bombeiros de São Paulo costuma atuar em shows: “Há um laudo, uma vistoria no local, a gente aprova o projeto primeiro. Depois, antes de ter o show, a gente vai no local.”

O Major Palumbo finalizou relembrando a importância de cobrar essas vistorias da prefeitura de cada local, para que a segurança do público presente esteja sempre em dia. “A gente também precisa cobrar as prefeituras quando não tem um auto de vistorias do Corpo de Bombeiros, porque há uma responsabilização e essa responsabilização precisa recair nas pessoas que fiscalizam e isso cabe a prefeitura municipal de qualquer município”.

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