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DF: criação do Museu da Bíblia causa bate-boca entre distritais no Twitter

Leandro Grass criticou obra, que custará R$ 80 milhões, mas Robério Negreiros afirmou que recurso é federal: “Se informe melhor”

atualizado

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1 de 1 CLDF - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Dois deputados distritais discutiram, pelo Twitter, sobre a decisão do Governo do Distrito Federal (GDF) de erguer, no canteiro central do Eixo Monumental, o Museu da Bíblia. A obra levantou polêmica – não apenas pelas dúvidas sobre a real autoria do arquiteto Oscar Niemeyer –, mas pelo valor anunciado de R$ 80 milhões. Um concurso público está sendo elaborado pela Secretaria de Cultura para a escolha de novo projeto.

De um lado, o distrital Leandro Grass (Rede) criticou a decisão do Executivo local, já que ele disse acreditar que Brasília tem outras prioridades no momento. “O Teatro Nacional está abandonado, a Fazendinha da Vila Planalto também. Ao invés de recuperar nosso patrimônio, o governo pretende gastar R$ 80 milhões no Museu da Bíblia”, escreveu em sua conta.

Vice-líder do governo na Câmara Legislativa, Robério Negreiros (PSD) rebateu a fala do colega de Câmara Legislativa (CLDF). “Informação não fidedigna. Esses recursos para o Museu da Bíblia não são oriundos do orçamento destacado do GDF. São provenientes de emendas de bancada de parlamentares federais no âmbito do Congresso Nacional. Se informe melhor, deputado Leandro Grass”, respondeu.

No contra-ataque, o integrante da Rede manteve as críticas à obra defendida pela bancada evangélica. “Eu [sei] disso, deputado. Estou bem informado. No entanto, não deixa de ser incoerente. O que o governador deveria fazer é buscar recursos e instrumentos para a preservação do patrimônio da cidade que está degradado. É dinheiro público da mesma forma. Corrupção de prioridades”, opinou.

Na sequência, Negreiros mantém a posição de defesa da obra. “Falar é fácil, deputado Leandro Grass. No dia que seu partido Rede administrar alguma cidade de relevância no País, conversaremos . Os recursos estão vindo de bancada federal evangélica de outros Estados. Construção = geração de emprego e renda”.

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