A People for the Ethical Treatment of Animals (Peta), organização que luta pelos direitos dos animais, lançou neste mês um concurso para a criação de uma alternativa à lã vegana. A iniciativa procura encontrar uma pessoa, um grupo ou uma empresa focado na pesquisa do material e que consiga produzir a matéria-prima “visual, textura e funcionalmente semelhante ou melhor que a lã de ovelha”.

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A indústria fashion tem investido em alternativas sustentáveis para alimentar o ramo têxtil, a fim de substituir materiais de origem animal. Entre as opções para “couro”, já existem tecidos desenvolvidos em fios de seda, cogumelos, abacaxi, milho e até queratina, todos com características semelhantes ao de origem animal, entregando durabilidade e resistência.

No momento, chegou a vez da lã complementar a lista de materiais veganos no mercado, ávido por substituir fibras animais por materiais de última geração. O vice-presidente da Peta, Tracy Reiman, disse, em comunicado, que o grupo está “entusiasmado para promover a inovação que ajudará a proteger as ovelhas, fazer avançar a moda e pôr fim à degradação ambiental causada pela pecuária intensiva”.

Batizado de Vegan Wool Challenge (Desafio da Lã Vegana, em tradução livre), o concurso foca em encontrar a lã “fake” com menor impacto ambiental. Com prêmio avaliado em US$ 1 milhão, os interessados podem se inscrever até 28 julho de 2023, enviando uma amostra do tecido. Os materiais devem ser de base biológica ou de bioengenharia, biodegradáveis ​​e/ou recicláveis, demonstrar baixa formação de bolinhas e desprendimento de fibras, depois de serem tricotados.

Nos pré-requisitos da Peta, também estão listados a capacidade de produção em várias gramaturas. Como se não bastasse, a lã vegana também deve absorver a umidade, neutralizar odores e reter a temperatura corporal, assim como a de origem vegana.

Lã vegana

Segundo levantamento da Peta, a lã está em quarto lugar no ranking de materiais mais poluentes da moda. “A criação de uma lã vegana viável e sustentável pode ajudar a diminuir o sofrimento dos animais nos criadouros e combater a catástrofe climática, uma vez que a indústria da lã produz grandes quantidades de metano, erode e o solo também pode contaminar as águas em lençóis freáticos”, celebrou Tracy.