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Instituto Proeza adorna prédio com peças temáticas de crochê

Ação levou três anos para ficar pronta e contou com a colaboração de 108 mulheres. Com a iniciativa, ONG vai se inscrever no Guinness Book

atualizado

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Regis Velasquez/Especial Metrópoles
Fachada do predio
1 de 1 Fachada do predio - Foto: Regis Velasquez/Especial Metrópoles

Muito mais do que uma tendência, o crochê é um segmento artístico centenário. Nos últimos meses, foi visto em blusas, vestidos, chapéus e até mesmo em biquínis. O Instituto Proeza, de Brasília, elencou a textura à máxima potência ao encapar a fachada do prédio e os espaços internos com peças temáticas feitas a partir da técnica artesanal.

Vem ver!

Giphy/Marcella Freitas/Metrópoles

No site oficial, o Instituto Proeza define que a missão do projeto é “promover o protagonismo das mulheres e garantir que crianças e jovens tenham acesso a uma educação de qualidade e uma vida com mais oportunidades”. Firmada nesse fundamento, a ONG acolhe, desde 2003, por meio de cursos profissionalizantes, atendimento psicológico e assistência de saúde, a população que se encontra em situação de vulnerabilidade social.

Dentre as modalidades ensinadas pela organização, o crochê é um dos segmentos que se destaca. Com os impactos gerados pela pandemia, que afetou não somente a renda como também o emocional das mulheres atendidas, Kátia Ferreira, diretora da instituição, idealizou uma ação que pudesse engajá-las por meio da colaboração.

Foi aí que surgiu a ideia de levar os pontos do crochê para além das peças e decorar o prédio com o trabalho artesanal. “O que a gente fez foi uma construção coletiva a partir dos saberes que essas mulheres já tinham, esses saberes tão ancestrais, como é o trabalho de tecer, bordar, costurar e crochetar”, descreve Kátia.

Fachada do predio. Tal trabalho foi feito pelos participantes do projeto
O prédio do Instituto Proeza, no Recanto das Emas, no Distrito Federal, foi encapado com peças de crochê

 

Detalhes em crochê
Os cinco pavimentos internos foram decorados

 

Detalhes em crochê
Cores, texturas e desenhos estão presentes no projeto

 

Detalhes em crochê
Cada espaço é destinado para uma atividade. Na sala de voltada às mulheres em situação de vulnerabilidade social (foto acima), a intenção foi criar um ambiente leve, calmo e acolhedor

Da concepção a reinauguração do espaço, que aconteceu no dia 12 de setembro, Dia Mundial do Crochê,  foram três anos de “mão na massa”. Ao todo, a iniciativa teve a participação de 108 mulheres, entre alunas do projeto e voluntárias. Para grande parte delas, o crochê foi uma saída para a depressão e para a pobreza, como apontou Kátia. Isso porque a capacitação amplia os horizontes tanto para empreender quanto para ensinar.

Além da fachada do edifício, que está localizado no Recanto das Emas, no Distrito Federal, os cinco pavimentos internos também foram adornados com temáticas distintas. A fim de proporcionar uma experiência sensorial, as cores, texturas e desenhos protagonizam os ambientes. Do escritório que teve como referência o fundo do mar ao quarto enfeitado de “beijos”, da sala de aula de monstrinhos ao espaço de acolhimento terapêutico inspirado no céu, o DNA artístico está presente.

Com a  novidade, o Instituto Proeza deseja ir além. “Nós descobrimos que o nosso prédio é a estrutura coberta com o maior número de pontos de crochê que alguém já fez. Com a iniciativa, queremos entrar no Guinness Book [o livro dos recordes] e dar visibilidade ao trabalho que desenvolvemos”, adianta.

Kátia Ferreira
Kátia Ferreira, diretora da ONG, foi a responsável pela ideia

 

Detalhes em crochê
Foram três anos de trabalho até a conclusão

 

Detalhes em crochê
Em todos os cantos, é possível ver o cuidado e o capricho das mais de 100 mulheres que participaram da iniciativa

 

Detalhes em crochê
Serão promovidas visitações guiadas no local

As aulas serão ministradas na organização. Por lá, os ambientes dispostos ficarão montados por dois meses. Durante o período, os interessados em conferir de perto as obras de crochê poderão realizar uma visita guiada, com ingressos a R$ 30, a inteira; e R$ 15, a meia. O agendamento pode ser feito por meio das redes sociais do Instituto Proeza.

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