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Valdemar quebra silêncio sobre caso das joias de Bolsonaro: “A gente erra”

Em entrevista à coluna, presidente do PL, Valdemar Costa Neto, comentou pela primeira vez o caso das joias recebidas por Jair Bolsonaro

atualizado

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Breno Esaki/Especial Metrópoles
Valdemar Foto colorida do presidente do PL Valdemar Costa Neto - Metrópoles
1 de 1 Valdemar Foto colorida do presidente do PL Valdemar Costa Neto - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto quebrou o silêncio e comentou pela primeira vez, nesta terça-feira (21/3), o caso das joias doadas pela Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em entrevista à coluna durante o evento do PL Mulher nesta terça-feira (21/3), Valdemar admitiu que Bolsonaro pode ter errado, mas minimizou o impacto do caso para o futuro político do ex-presidente.

“O caso das joias: ele devolveu, não é um assalto. Vai passar. As coisas acontecem, a gente erra demais”, afirmou o presidente do PL.

Valdemar disse não temer que Bolsonaro se torne inelegível. Segundo ele, não há provas contra o ex-presidente. “O problema é com a Justiça Eleitoral, eles são adversários”, disparou.

Bolsonaro, vale lembrar, já prometeu devolver as joias que ganhou dos sauditas e incorporou a seu acervo pessoal, mas ainda aguarda ser notificado pelo TCU para entregar os objetos.

Zanin no STF

Ainda na entrevista, o presidente do PL indicou não ver com maus olhos a possível indicação para o STF do advogado Cristino Zanin, que defendeu Lula na campanha eleitoral de 2022 e na Lava Jato.

Valdemar avaliou que Zanin é um “camarada de bem” e disse acreditar que Lula priorizará alguém de sua confiança na indicação ao STF. A próxima vaga será aberta em maio, com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski.

“Não acho que Lula vai indicar ninguém radical. Zanin é um camarada de bem. Lula quer um cara que seja bom e seja ligado ao PT. Não quer cometer os erros do passado. Pegar um Joaquim Barbosa da vida”, afirmou o dirigente.

Confira a entrevista completa:

Como estão as conversas para lançar Michele Bolsonaro como candidata em 2026?
Ela não quer. Tudo pode acontecer, mas ela não quer. Ela acha que teve sorte de ter essa missão de ajudar as pessoas com deficiência e que ela vai fazer muito pelo PL Mulher. Ela falou: “Não me passa pela cabeça ser candidata a nada”. Não se sabe o dia de amanhã, se ela pode mudar.

Vocês temem que Bolsonaro fique inelegível?
Não tenho medo de o Bolsonaro se tornar inelegível. Não tem nenhum processo ou prova contra ele. O problema é com a Justiça Eleitoral, eles são adversários. Eles podem tentar isso, mas acho difícil, não tem nada que incrimine ele.

E esse caso das joias, vai passar?
O caso das joias: ele devolveu (Bolsonaro já anunciou que devolverá os objetos, por ordem do TCU, mas ainda não entregou de fato), não é um assalto. Vai passar. As coisas acontecem, a gente erra demais.

Qual será a postura do PL como oposição no Congresso?
Em todas as matérias de interesse público, ele (governo Lula) terá nosso apoio. Vamos ser oposição, vamos fiscalizar, mas o que for de interesse público vamos votar a favor. Se a reforma tributária vier bem, votamos a favor.

O STF pode ser mais opositor ao Bolsonaro com as duas indicações de Lula?
Não acho que Lula vai indicar ninguém radical. Zanin é um camarada de bem. Lula quer um cara que seja bom e seja ligado ao PT. Não quer cometer os erros do passado. Pegar um Joaquim Barbosa da vida.

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