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Tarcísio traça estratégia para fugir de falas polêmicas de Bolsonaro

Pré-candidato ao governo de SP, ex-ministro avisou a aliados não querer tratar na campanha de temas polêmicos estimulados pelo presidente

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Na imagem colorida, um homem está posicionado no centro. Ele tem cabelos curtos, pretos e olha seriamente para a camera
1 de 1 Na imagem colorida, um homem está posicionado no centro. Ele tem cabelos curtos, pretos e olha seriamente para a camera - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Pré-candidato ao governo de São Paulo com apoio de Jair Bolsonaro, o agora ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas tentará escapar, durante a campanha, das falas e dos assuntos polêmicos estimulados pelo presidente.

Filiado ao Republicanos, Tarcísio deixou claro a interlocutores e aliados, nos últimos dias, que evitará falar sobre alguns dos temas favoritos de Bolsonaro, como a Ditadura Militar no Brasil, por exemplo.

O ex-ministro da Infraestrutura tem explicado nos bastidores que pretende reforçar seu “perfil técnico”. A avaliação é que, se cair em provocações de adversários sobre temas polêmicos, pode sair perdendo.

Tarcísio sabe que, especialmente nos debates, será questionado sobre falas de Bolsonaro. Por isso, já tem uma resposta pronta: mandará seus adversários se candidatarem ao Planalto e debaterem com o próprio presidente esses temas.

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Como exemplo de que não reagirá a provocações, aliados do ex-ministro da Infraestrutura citam duas recentes postagens do ex-governador Márcio França, pré-candidato do PSB ao governo paulista.

Nas publicações, apagadas por França posteriormente, Tarcísio é alvo de ironias. Em um delas, o ex-governador dizia que o Tarcísio respeitado em São Paulo é o Meira (em referência ao ator, Tarcísio Meira).

Na outra, comparava o ex-ministro da Infraestrutura com um dos Três Patetas. Tarcísio não respondeu a nenhuma das duas provocações de Márcio França, feitas pelas redes sociais.

Polêmicas de Bolsonaro

Na quinta-feira (31/3), o atual chefe do Palácio do Planalto fez um discurso recheado de polêmicas durante o evento de despedida dos ministros que irão concorrer nas eleições de outubro.

O presidente elogiou o regime militar instaurado por meio do golpe de 1964 e medicamentos sem eficácia contra a Covid-19 e atacou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

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