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PF chama atenção para data que Ribeiro vendeu carro a filha de pastor

Em relatório, PF ressalta que ex-ministro da Educação vendeu veículo à família de pastor mesmo após ser avisado de irregularidades no MEC

atualizado

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Luis Fortes/ MEC
Ministro Milton Ribeiro e o pastor Arilton Moura
1 de 1 Ministro Milton Ribeiro e o pastor Arilton Moura - Foto: Luis Fortes/ MEC

No pedido de prisão de Milton Ribeiro, a Polícia Federal chama atenção para o fato de que a esposa do ex-ministro da Educação vendeu um carro para a filha do pastor Arilton Moura mesmo após o marido receber denúncias de supostas irregularidades cometidas pelo religioso na distribuição de verbas do MEC.

A venda do veículo tem sido apontada pelos investigadores como uma movimentação financeira suspeita do ex-ministro. O fato foi considerado pela Justiça Federal como um indício determinante para a decretação da prisão de Milton Ribeiro pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal.

Documentos revelados pela coluna mostram que o carro foi transferido pela esposa do ex-ministro à filha do pastor em 21 de fevereiro de 2022. “A data da venda é posterior à data na qual o ex-ministro afirma que após as denúncias de 24/08/2012, teria se afastado de Arilton”, observou a PF.

O mês de agosto de 2021 foi citado a pelo ex-ministro da Educação como sendo a data em que recebeu denúncias de que “uma pessoa” estaria cometendo irregularidades no âmbito do MEC. Na época, ele disse ter denunciado o fato à Controladoria-Geral da União (CGU).

O carro vendido foi um SUV KIA Sportage ano 2015, modelo 2016. Embora o endereço da filha de Arilton seja de Goiânia, a transferência do veículo foi validada em um cartório de Santos, cidade no litoral paulista onde o ex-ministro mora e onde ele foi preso pela PF na quarta-feira (22/6).

Como já revelado por diversos veículos de imprensa, Ribeiro chegou a participar de eventos ao lado de Arilton e do pastor Gilmar Santos mesmo após ser avisado das supostas irregularidades cometidas com eles. Num desses eventos, em outubro de 2021, o então ministro chamou os dois pastores de “amigos”.

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