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Pastores cobraram retratação de André Mendonça sobre casamento gay

Após pressão de evangélicos, vice-líder do governo no Senado queria que André Mendonça “corrigisse” a fala ainda durante a sabatina

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
André Mendonça em sabatina no Senado
1 de 1 André Mendonça em sabatina no Senado - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Aliados de André Mendonça tiveram que vir a público tentar explicar a declaração sobre casamento gay feita por ele durante a sabatina no Senado, nessa quarta-feira (1º/12), após forte pressão de pastores e outras lideranças evangélicas nos bastidores.

Um dos primeiros a denunciar a confusão foi o senador Marcos Rogério (DEM-RO). Vice-líder do governo no Senado, ele procurou o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) ainda durante a sabatina. Ao aliado, mostrou a enxurrada de mensagens que havia recebido de pastores questionando a fala de Mendonça.

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Marcos Rogério queria que Sóstenes convencesse o “terrivelmente evangélico” indicado ao STF a corrigir a declaração ainda durante a sabatina. O deputado, no entanto, argumentou que não seria necessário, pois a resposta de Mendonça havia sido “treinada” e “calculada”.

Aos colegas parlamentares evangélicos que o procuraram, Sóstenes alegou o mesmo que disse à imprensa somente após a sabatina: que o indicado ao STF não havia defendido o casamento entre pessoas do mesmo sexo, como lideranças evangélicas e a imprensa haviam interpretado.

Em sua fala, Mendonça prometeu defender no Supremo “o direito constitucional do casamento civil das pessoas do mesmo sexo”. Sóstenes alegou que a fala não significava uma defesa do casamento gay porque não há nenhuma menção ao tema na Constituição Federal.

Marcos Rogério, no entanto, não se deu por satisfeito. Alegou que o deputado estava fazendo “hermenêutica (interpretação) jurídica”. E ponderou que, caso não fosse remendada, a declaração poderia causar um estrago grande perante o eleitorado evangélico.

Após muita discussão, Sóstenes conseguiu convencer os colegas evangélicos que o melhor seria não procurar Mendonça e vir a público explicar a fala dele após o fim da sabatina. O temor era de que uma eventual correção afetasse o número de votos para aprovar a indicação do indicado ao STF.

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