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O acordo entre Bolsonaro e Guedes no debate de reajuste a servidores

Presidente Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes selaram acordo de procedimentos até que governo bata martelo sobre reajuste a policiais

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Jair Bolsonaro e Paulo Guedes selaram, nos últimos dias, um acordo de procedimentos até que o presidente da República decida se concederá mesmo ou não o reajuste salarial prometido a policiais federais.

Embora seja contra a concessão do reajuste, o ministro da Economia prometeu não dar mais declarações públicas condenando a medida, enquanto Bolsonaro não bater o martelo sobre o tema.

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Em troca, o chefe do Palácio do Planalto se comprometeu a não falar mais publicamente que o reajuste está garantido. Nessa semana, por exemplo, Bolsonaro afirmou que “não está garantido reajuste a ninguém”.

Apesar da promessa ao chefe, Guedes tem dito a interlocutores que seguirá no trabalho de bastidores para convencer o presidente a não conceder reajuste a nenhuma categoria do funcionalismo público federal.

Guedes já levou a Bolsonaro alerta feito por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o reajuste apenas a algumas categorias pode gerar uma onda de ações na Corte cobrando o mesmo tratamento para todos servidores.

Congresso já aprovou o valor

A pedido do presidente, o Congresso Nacional já aprovou um valor de R$ 1,79 bilhão no Orçamento da União de 2022 para dar reajuste a policiais federais. A concessão de fato, porém, ainda depende de decisão do presidente.

A promessa do Palácio do Planalto à Polícia Federal provocou reação entre outras categorias do funcionalismo público federal. Entre elas, a Receita Federal e o Banco Central.

As categorias insatisfeitas marcaram para a próxima terça-feira (18/1) uma paralisação e um protesto na frente do Ministério da Economia para cobrar reajuste salarial também a outros setores.

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