O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, entrou na mira de integrantes da ala política do governo, que passaram a defender a saída do astronauta da pasta. A insatisfação parte de ministros influentes, como o chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.
A gota d’água para Ciro e outros ministros políticos perderem a cabeça com Pontes foi a recente reclamação do astronauta pelo corte de R$ 600 milhões em crédito suplementar que seriam destinados a seu ministério. Pontes chamou o corte de “falta de consideração”.
Irritados com o colega, integrantes do Palácio do Planalto dizem, nos bastidores, que o ministro-astronauta joga contra o governo ao dar essas declarações. Como reação, passaram a divulgar dados que mostram baixa execução orçamentária de Pontes no ministério.
Um desses levantamento, ao qual a coluna teve acesso, revela que, até o final de setembro, o astronauta não havia empenhado sequer 50% da dotação para despesas discricionárias (sobre as quais tem liberdade de decisão) do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, justamente o que “perdeu” os R$ 600 milhões.
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Procurada por e-mail desde essa segunda-feira (18/10), a assessoria de imprensa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações não respondeu. Na semana passada, o próprio Pontes disse publicamente que pensou em deixar o governo, após os recentes cortes no orçamento de sua pasta.
