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Gleisi diz que Lula foi alvo de “fake news” em fala sobre ditador

Presidente do PT diz que trecho da entrevista foi tirado de contexto e que “não viu nada de errado” na posição de Lula

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Gleisi Hoffmann
1 de 1 Gleisi Hoffmann - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, saiu em defesa do ex-presidente Lula, após o petista ser criticado por comparar o ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, com a chanceler alemã, Angela Merkel, em entrevista à imprensa europeia.

À coluna, Gleisi disse nesta terça-feira (23/11) que “não viu nada de errado” na fala do petista. Pelo contrário. Segundo a petista, o trecho da entrevista que circula nas redes sociais teria sido cortado. “Foi mais uma fake news contra o presidente Lula”, afirmou.

Em entrevista ao jornal espanhol “El País” concedida durante o tour do petista pela Europa, o ex-presidente e provável candidato ao Palácio do Planalto pelo PT nas eleições de 2022 questionou por que Ortega não poderia acumular mandatos.

Mais do que isso, Lula questionou as críticas contra o ditador, que prendeu seus opositores antes das eleições na Nicarágua, comparando-o com Merkel, que ficou 16 anos no ppssd, e com o premie espanhol, Felipe González, ficou 14 anos em seu cargo.

Gleisi defendeu a comparação feita por Lula, lembrando que a fala do petista era sobre a “auto determinação dos povos”. A presidente do PT ainda avisou que isso continuará a ser feito pela legenda ao longo da campanha eleitoral em 2022.

“Se quiser saber como o PT será na campanha (no tema das relações exteriores), é só olhar nossos governos”, afirmou a parlamentar à coluna.

Em outro trecho da entrevista, Lula destaca que Ortega “estaria errado” ao prender opositores para que não concorressem na eleição.

“Eu não posso julgar o que aconteceu na Nicarágua, não sei o que as pessoas fizeram para ser presas. Mas se Daniel Ortega prendeu a oposição para disputar a eleição, como fizeram no Brasil contra mim, ele está totalmente errado”, disse.

No começo de novembro, o PT publicou em seu site uma nota cumprimentando Daniel Ortega pela eleição na Nicarágua. Após críticas, a postagem foi excluída do site e a presidente do PT explicou que a nota não foi submetida a direção partidária.

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