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Doria tenta adiar reunião com dirigentes do PSDB para ganhar tempo

Ex-governador disse à coluna que não poderá comparecer ao novo encontro convocado pela direção tucana para ouvi-lo nesta quarta-feira (18/5)

atualizado

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Pablo Jacob /Governo de São Paulo/Divulgação
João Doria e Rodrigo Garcia
1 de 1 João Doria e Rodrigo Garcia - Foto: Pablo Jacob /Governo de São Paulo/Divulgação

Convidado a participar de reunião com dirigentes do PSDB para discutir a viabilidade de sua candidatura, o ex-governador João Doria tentará adiar ao máximo esse encontro. O objetivo é ganhar tempo para conseguir convencer os colegas tucanos a mantê-lo como postulante do partido ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano.

À coluna Doria afirmou que não poderá comparecer à reunião com a cúpula do PSDB convocada pelo presidente da legenda, Bruno Araújo, para esta quarta-feira (18/5), último dia do prazo acordado entre o partido e o MDB para anunciar possível candidatura única da chamada “terceira via” à Presidência da República.

“Não poderei, mas estou aberto ao diálogo em outra data, em comum acordo”, afirmou o ex-governador paulista à coluna por mensagem de texto.

A ideia de ouvir Doria foi o único resultado prático da reunião da executiva nacional do PSDB nessa terça-feira (17/5), em Brasília. O objetivo da direção tucana é que este novo encontro com a presença do ex-governador funcione como uma espécie de “choque de realidade” para ele sobre a inviabilidade de sua candidatura, que patina nas pesquisas até agora.

Aliados de Doria que participaram da reunião nessa terça prometeram atuar para convencê-lo a comparecer ao novo encontro. O principal argumento será o de que o ex-governador terá a oportunidade de defender, ante os resultados da pesquisa da terceira via, que seu nome não é inviável, ao contrário do que a maior parte dos tucanos prega.

Lideranças do PSDB que desejam a saída de Doria da corrida presidencial argumentam que uma eventual recusa dele em participar de uma reunião será ruim para ele politicamente. A resistência, dizem tucanos ouvidos pela coluna, mostraria que o ex-governador não tem argumentos para defender seu nome na corrida ao Planalto.

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