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Discurso de Bolsonaro na ONU não agradou nem Itamaraty nem ideológicos

Enquanto integrantes da ala ideológica classificaram a fala como “fria e sem paixão”, os moderados criticaram a defesa do tratamento precoce

atualizado

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Alan Santos/PR
O presidente Jair Bolsonaro durante a abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro durante a abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas - Foto: Alan Santos/PR

O discurso do presidente Jair Bolsonaro na 76ª Assembleia Geral da ONU, nessa terça-feira (21/9), acabou não agradando nem à ala ideológica, nem ao grupo mais moderado do governo, do qual o Itamaraty faz parte.

O diagnóstico foi feito à coluna por ministros e outros auxiliares do chefe do Palácio do Planalto que transitam nos dois lados e que monitoraram as reações da base aliada à fala do presidente no evento.

Segundo esses auxiliares, embora Bolsonaro tenha tentado equilibrar acenos ao mercado e à base ideológica, os apoiadores mais radicais não “mostraram muita empolgação” com o discurso presidencial.

Houve críticas até ao tom da fala de Bolsonaro, considerado “muito moderado”. A avaliação foi inflamada pelo ex-chanceler Ernesto Araújo, que classificou o discurso do ex-chefe como “frio e sem paixão”.

Por outro lado, a fala do presidente também desagradou integrantes do Itamaraty e ministros mais moderados. A principal crítica foi ao trecho em que Bolsonaro defendeu o tratamento precoce contra a Covid-19.

Como a coluna noticiou, o chanceler Carlos França entregou uma proposta de discurso moderado a Bolsonaro. A minuta, porém, foi alterada pelo presidente com a ajuda do seu filho 03, o deputado Eduardo Bolsonaro.

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