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Brasil prepara posição mais dura contra Rússia após invasão à Ucrânia

Integrantes do Itamaraty e do Palácio do Planalto dizem que Bolsonaro deve subir o tom contra o presidente russo

atualizado

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Itamaraty
1 de 1 Itamaraty - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após a invasão do território ucraniano por tropas russas nas últimas horas, o governo brasileiro prepara novo posicionamento em relação à ação da Rússia na Ucrânia. Segundo apurou a coluna com integrantes do Itamaraty e do Palácio do Planalto, o Brasil deve abandonar a naturalidade e subir o tom contra o país comandado por Vladimir Putin.

A intenção do governo brasileiro é tornar pública essa nova posição por meio de uma nota à imprensa a ser divulgada pelo Itamaraty. Desde a madrugada desta quinta-feira (24/2), diplomatas brasileiros estão em conversas internas para definir o exato posicionamento do Brasil em relação à invasão dos russos à Ucrânia.

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Como a coluna antecipou nessa quarta-feira (23/2), o governo brasileiro já vinha discutindo abandonar a posição de neutralidade e passar a condenar a ação russa no Leste Europeu. Até então, porém, a ideia era se manifestar conjuntamente com outros países por meio de organismo internacional, entre eles, a ONU.

Diplomatas brasileiros ouvidos pela coluna ressaltaram, no entanto, que a situação mudou consideravelmente após a invasão e já admitem que o Brasil pode também emitir um posicionamento individual condenando a Rússia. A adesão a manifestações multilaterais também se daria, mas a avaliação é de que isso pode demorar um pouco.

Defensores de uma posição mais dura do Brasil em relação aos russos lembram que o presidente Jair Bolsonaro sempre adotou a defesa da soberania como uma das tônicas principais de seus discursos internacionais. Nesse contexto, avaliam que esse discurso pode ser questionado por outros líderes mundiais, caso o Brasil não condene a invasão à Ucrânia.

Durante encontro com Putin na semana passada em Moscou, Bolsonaro chegou a dizer que os brasileiros eram “solidários à Rússia”, sem especificar a que se referia. Após repercussão negativa, o presidente mudou o tom e, em uma segunda declaração, disse que o Brasil é solidário e respeita países que defendem soluções pacíficas para eventuais conflitos.

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