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Aliados alertam Bolsonaro sobre risco Michel Temer

Entorno do atual presidente da República acredita que Michel Temer se movimenta para ser o candidato da “terceira via” ao Planalto este ano

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
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1 de 1 bolsonaro faixa presidencial posse temer_ - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Aliados de Jair Bolsonaro alertaram o atual presidente da República que o ex-presidente Michel Temer (MDB) poderá ser seu adversário nas eleições ao Palácio do Planalto deste ano.

A percepção no entorno de Bolsonaro é de que o emedebista se movimenta nos bastidores para ser o candidato único da chamada “terceira via”, grupo que envolve MDB, PSDB e União Brasil.

Na avaliação de companheiros do atual presidente da República, as divergências entre esses partidos em relação aos seus pré-candidatos podem ajudar Temer a emergir como o único “nome de consenso”.

Nesse cenário, auxiliares de Bolsonaro ponderaram que é preciso manter uma certa distância de Temer, e evitar recorrer ao ex-presidente como interlocutor com outros poderes.

Evidências

Nos últimos dias, aliados enviaram a Bolsonaro uma série de notícias e postagens nas redes sociais de viagens e encontros políticos de Temer, consideradas por eles como “evidências” da movimentação do emedebista.

Na semana passada, por exemplo, Temer cumpriu agenda no Rio Grande do Sul e no Paraná, onde encontrou empresários e políticos locais não só do MDB, como de outros partidos.

Nos últimos meses, o emedebista também conversou com lideranças políticas nacionais desses partidos. Entre elas, Sergio Moro (União Brasil), João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB) e Aécio Neves (PSDB).

Também chamou a atenção de aliados de Bolsonaro recentes postagens de Temer nas redes sociais defendendo a  “pacificação” do Brasil, o que foi interpretado como uma tentativa de se apresentar como alternativa à polarização.

O que Temer diz

Em conversa com a coluna, Temer admitiu que seu nome tem sido defendido por algumas lideranças políticas como opção ao Planalto este ano. Ele afirmou, porém, que sua vez na Presidência da República já passou.

Pessoas próximas ao emedebista, contudo, dizem que ele aceitaria ser candidato a presidente este ano, desde que seja convocado publicamente pelos partidos de centro como nome de consenso.

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