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Alckmin terá saia justa quando questionado sobre apoio do PT a Cuba

Ex-governador Geraldo Alckmin sempre foi crítico do regime castrista, enquanto Lula e PT manifestam apoio de longa data ao socialismo cubano

atualizado

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Ricardo Stuckert/PT
Ex-presidente Lula e ex-governador Geraldo Alckmin participaram de jantar em 19 de dezembro, em São Paulo
1 de 1 Ex-presidente Lula e ex-governador Geraldo Alckmin participaram de jantar em 19 de dezembro, em São Paulo - Foto: Ricardo Stuckert/PT

Aliados de Geraldo Alckmim preveem que ele enfrentará algumas “saias justas” caso acabe mesmo como candidato a vice-presidente na chapa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro.

Uma delas, dizem, será sobre Cuba. Aliados lembram que Alckmin sempre foi crítico do regime cubano, enquanto o PT já deixou claro que não abrirá mão da defesa de seus aliados de esquerda. Sejam eles ditadores ou democratas.

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Publicamente, Alckmin sempre condenou a autocracia dos irmãos Castro em Cuba. Em 2013, quando era governador de São Paulo, recepcionou pessoalmente a blogueira cubana Yoani Sánchez, crítica da ditadura, em visita à capital paulista.

Antes disso, nas eleições de 2006, quando concorreu contra Lula à Presidência da República, Alckmin chamou Fidel Castro de “obsoleto” em uma entrevista à Folha de S. Paulo. Completou dizendo que o regime castrista “não representa o futuro”.

Dirigentes do PT, por sua vez, afirmam que não haverá nenhum constrangimento na campanha de Lula em manter a posição que o partido “sempre manteve”, apelando para “autodeterminação dos povos” para justificar a defesa de aliados polêmicos.

Recentemente, Lula causou polêmica ao minimizar a ditadura de Daniel Ortega na Nicarágua, chegando a compará-lo com a chanceler alemã Angela Merkel.

Na ocasião, a presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), disse à coluna que Lula foi vítima de “fake news” e que não havia visto problema na posição adotada pelo ex-presidente da República. “Se quiser saber como o PT será na campanha (no tema das relações exteriores), é só olhar nossos governos”, afirmou.

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