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Vídeo: comandante do Sudeste conclama Exército a respeitar eleição

Em discurso à tropa, comandante militar do Sudeste disse que o Exército deve ser “instituição de Estado” e respeitar o resultado da eleição

atualizado

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Divulgação/Exército
O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante militar do Exército no Sudeste, em discurso para a tropa
1 de 1 O general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, comandante militar do Exército no Sudeste, em discurso para a tropa - Foto: Divulgação/Exército

O comandante militar do Sudeste, Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, ex-chefe de gabinete do general Eduardo Villas Bôas, fez nesta quarta-feira (18/1) o discurso mais incisivo de um general da ativa do Exército em defesa do resultado eleitoral que levou Lula à Presidência da República.

Em cerimônia que homenageou os militares mortos no Haiti, Paiva afirmou que o Brasil enfrenta um “terremoto político” que está “tentando matar a coesão, hierarquia, disciplina e profissionalismo” do Exército e que afeta o “respeito e o orgulho que temos de vestir essa farda”.

“Ser militar é ser profissional, respeitar a hierarquia e a disciplina. É ser coeso, íntegro, ter espírito de corpo e defender a pátria. É ser uma instituição de Estado, apolítica e apartidária. Não interessa quem está no comando, a gente vai cumprir a missão do mesmo jeito”, afirmou Paiva.

O comandante do Sudeste disse que é papel dos militares defenderam a democracia, e que o regime político pressupõe “liberdade, garantias individuais, políticas e públicas”.

“Também é o regime do povo. Alternância de poder. É o voto, e quando a gente vota, tem que respeitar o resultado da urna. Não interessa. Tem que respeitar. É essa a convicção que a gente tem que ter, mesmo que a gente não goste. Nem sempre a gente gosta, nem sempre é o que a gente queria. Não interessa. Esse é o papel da instituição de Estado, da instituição que respeita os valores da pátria. Somos Estado”, afirmou.

Paiva disse que militares não podem aderir a correntes políticas. “Isso não significa que o cara não seja um cidadão, que o cara não possa expressar seu direito de ter uma opinião. Ele pode ter, mas não pode manifestar. Ele pode ouvir muita coisa, muita gente falando para ele fazer isso ou aquilo, mas ele fará o que é correto, mesmo que o correto seja impopular”.

O general declarou ainda que o “terremoto político” é consequência de um “ambiente virtual que não tem freio e que todos nós, hoje, somos escravos”. “Para o excesso de informação, só tem um remédio, um antídoto. É mais informação. É se informar com qualidade e buscar fontes fidedignas.”

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