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União Brasil usa “crise de liderança” para ganhar espaço no governo

Falta de negociadores virou um ativo para o partido, segundo expoentes do União Brasil

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Luciano Bivar faz "V" de vitoria durante Evento de lançamento da pré-candidatura à Presidência da República
1 de 1 Luciano Bivar faz "V" de vitoria durante Evento de lançamento da pré-candidatura à Presidência da República - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A “crise de liderança” do União Brasil virou uma excelente ferramenta de moeda de troca com o governo, segundo integrantes da sigla.

O presidente Lula e os articuladores do governo negociaram os três ministérios do partido com diferentes lideranças. Nenhuma se comprometeu a trazer uma fatia expressiva dos 59 votos do União Brasil.

A negociação por apoio no Congresso é feita “no varejo”, atendendo os parlamentares individualmente.

A raiz do problema é que a fusão entre DEM e PSL não gerou uma autoridade central para o partido. Luciano Bivar, presidente da sigla e ex-dirigente do PSL, não consegue comandar a ala do partido que veio do DEM.

Elmar Nascimento, líder do União Brasil na Câmara dos Deputados e ex-DEM, tampouco é reconhecido por todos os pares como uma liderança que centralize votos.

Para os deputados, a ausência de um negociador central não é um problema, e sim uma solução.

O entendimento neste momento é de que, assim, os deputados podem elevar o preço de seus votos perante o governo federal, demandando mais espaço e verbas para seus estados.

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