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Seis deputados bolsonaristas são derrotados e não se reelegem

“Talvez, otimismo demais”, lamenta Bibo Nunes, do Rio Grande do Sul; lista inclui policial, coronel e major

atualizado

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Câmara dos Deputados
Bibo Nunes
1 de 1 Bibo Nunes - Foto: Câmara dos Deputados

Pelo menos seis deputados bolsonaristas foram derrotados e não conseguiram um segundo mandato na Câmara. A lista inclui Coronel Tadeu, que em 2019 quebrou uma placa de uma exposição na Câmara sobre racismo, e Nelson Barbudo, que foi o mais votado do Mato Grosso na última eleição.

Todos os deputados se elegeram em 2018 pelo PSL, na onda bolsonarista: Coronel Tadeu, de São Paulo; Nelson Barbudo, de Mato Grosso; Bibo Nunes, do Rio Grande do Sul; Alê Silva, de Minas Gerais; Policial Katia Sastre, de São Paulo; e Major Fabiana, do Rio de Janeiro.

Coronel Tadeu ganhou 61.546 votos, ante 98.373 em 2018.  Em 2021, recebeu uma censura verbal do Conselho de Ética da Câmara por ter quebrado, dois anos antes, uma placa de uma exposição do Dia da Consciência Negra na Casa. A charge criticava a violência policial contra negros.

Sempre de chapéu, Nelson Barbudo passou de o mais votado do Mato Grosso em 2018, com 126.429 votos, para o 9º lugar, com 53.285 votos. Barbudo foi essencial para que o caminhoneiro Zé Trovão fizesse contatos com o Planalto no ano passado, quando foi preso por atos antidemocráticos no Sete de Setembro.

Conhecido por circular na Casa com um terno feito com a bandeira do Brasil, o gaúcho Bibo Nunes lamentou o resultado. Caiu de 92 mil para 76 mil votos. “Sinceramente não sei o que aconteceu. Talvez, otimismo demais. A campanha teve dez vezes mais estrutura do que a de 2018”.

Outra parlamentar bolsonarista que não obteve um segundo mandato na Câmara foi a mineira Alê Silva. Seu desempenho desceu de 48 mil votos em 2018 para 34,8 mil neste domingo (3/10). No ano passado, a deputada e dois assessores gravaram uma dancinha TikTok sofrível no Salão Verde da Casa, em frente à estátua de Ulysses Guimarães.

A lista tem ainda duas bolsonaristas que andavam fardadas na Câmara: Policial Katia Sastre, de São Paulo, e Major Fabiana, do Rio de Janeiro, cujos votos caíram de 57.611 para 30.096. Sastre ganhou os holofotes em 2018 depois de reagir a um assalto e matar o assaltante. Sua votação encolheu 77%: foi de 264.013 a 60.330.

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