metropoles.com

Republicanos ataca casamento homoafetivo: “Sem procriação”

Vídeo do presidente do partido foi veiculado na quinta-feira (3/3) em filiação de deputado; sigla é ligada à Igreja Universal

atualizado

Compartilhar notícia

PRB/DIVULGAÇÃO
Marcos-Pereira-PRB-Mensagem
1 de 1 Marcos-Pereira-PRB-Mensagem - Foto: PRB/DIVULGAÇÃO

O Republicanos, partido ligado à Igreja Universal, atacou abertamente o casamento homoafetivo. Em vídeo exibido na última quinta-feira (3/3), na filiação do deputado Diego Garcia, o presidente da legenda, Marcos Pereira, afirmou que a sigla defende apenas o casamento entre homem e mulher. “Não há condições de procriação num casamento homossexual”, disse o deputado e bispo licenciado da Universal.

“Família e tradição é o apoio ao casamento tradicional. Nós, os republicanos, defendemos o apoio ao casamento tradicional. Não há condições de procriação num casamento homossexual”, disse Pereira no vídeo. O material foi veiculado em um telão durante o evento de filiação do deputado paranaense Diego Garcia, que trocou o Podemos, de Sergio Moro, pelo Republicanos.

Em seguida, Pereira minimiza as próprias declarações com ataques aos LGBTs, mas mantém sua posição.

“Eu não estou aqui criticando os homossexuais, nós respeitamos também as escolhas das pessoas. Por óbvio que as pessoas que têm essa opção sexual de serem homossexuais, de viverem homem com homem e mulher com mulher, elas precisam ser respeitadas, não podem e não devem ser agredidas pela sua opção. Mas por óbvio que, como conservadores que somos, apoiamos o casamento tradicional.”

Desde 2013, o casamento homoafetivo é regulamentado no Brasil. Uma resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou que cartórios registrem uniões entre pessoas do mesmo sexo. Em 2019, o STF criminalizou a homofobia e a transfobia, equiparando esses crimes ao crime de racismo.

No mês passado, Marcos Pereira afirmou que Jair Bolsonaro “até agora só atrapalhou” a filiação de novos quadros ao partido. A sigla deixará o grupo de legendas que apoia a reeleição de Bolsonaro e avalia liberar o apoio de seus integrantes no primeiro turno da eleição.

Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Clique aqui.

Siga a coluna no Twitter e no Instagram para não perder nada.

Compartilhar notícia