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Relatora da CPMI foi interrompida seis vezes ao ler plano de trabalho

Senadora Eliziane Gama é a relatora da CPMI do 8 de Janeiro; Gama foi interrompida ao menos seis vezes por parlamentares homens

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Eliziane Gama - Metrópoles
1 de 1 Eliziane Gama - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A relatora da CPMI do 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, foi interrompida seis vezes por parlamentares homens durante a leitura do plano de trabalho na comissão.

Eliziane foi interrompida por parlamentares governistas e de oposição.

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido), foi o primeiro a cortar a palavra de Eliziane. Randolfe queria protestar contra a decisão da mesa de manter o bolsonarista André Fernandes, do PL do Ceará, na CPMI. Oposicionistas chiaram, e Eliziane afirmou que não era possível normalizar as interrupções de parlamentares mulheres.

Na segunda vez, Eliziane disse que estava difícil de se concentrar porque Randolfe e o deputado Rogério Correia, do PT de Minas Gerais, estavam ao seu lado falando com o presidente da CPMI, Arthur Maia, do União Brasil da Bahia.

Arthur Maia teve de intervir mais duas vezes para pedir silêncio ao colegiado durante a fala de Eliziane. Senadores que estavam sentados nas fileiras da frente reclamaram do barulho que vinha do fundo do plenário.

O deputado Marco Feliciano, do PL de São Paulo, e o senador Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo, ambos bolsonaristas, também interromperam a relatora para reclamar de pontos que constavam no plano de trabalho.

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