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Petrobras diz não ter visto erro em gerente que repassou documento falso a Bolsonaro

Documento foi usado por Bolsonaro para dizer que 50% das mortes registradas por Covid-19 no Brasil tinham outras causas

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Presidente jair bolsonaro durante cerimonia no planalto 4
1 de 1 Presidente jair bolsonaro durante cerimonia no planalto 4 - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

A Petrobras decidiu não abrir nenhum processo administrativo para apurar a responsabilidade do gerente-executivo Ricardo Silvas Marques no repasse de um documento falso do Tribunal de Contas da União para Jair Bolsonaro.

Bolsonaro se baseou no documento falso enviado por Silva Marques, em junho deste ano, para informar a apoiadores que 50% das mortes registradas por Covid-19 no Brasil teriam sido por outras causas que não o vírus. Logo após a divulgação do dado pelo presidente, o TCU desmentiu a informação e negou a existência do levantamento.

Na CPI da Pandemia, em agosto, o auditor do TCU Alexandre Figueiredo Costa Marques, filho de Ricardo Silva Marques, disse que o documento apresentado por Bolsonaro foi enviado por ele para o pai e nunca chegou a constar do sistema do TCU. O rapaz foi punido pelo TCU, mas seu pai, que enviou para Bolsonaro o documento, nada sofreu na Petrobras.

Segundo a estatal, Ricardo Silva Marques “não praticou nenhum ato que tenha sido identificado como descumprimento de seu contrato ou de normas regulamentares da empresa”.

Ricardo Silva Marques é colega de do presidente da Academia Militar as Agulhas Negras (Aman), onde se formaram juntos em 1977. Em 2019, no primeiro ano de mandato de Bolsonaro, Marques assumiu a gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras.

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