Buscando se viabilizar como candidato à prefeitura de São Paulo em 2024, o deputado federal Ricardo Salles, do PL, tem dito a pessoas próximas que fixou um prazo para resolver sua vida em relação ao partido pelo qual tentará concorrer.

Esse “deadline” de Salles, ex-ministro do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro, é a quinta-feira da semana que vem. Nesta data, ele, Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, integrarão uma comitiva de bolsonaristas que viajará à Argentina para a posse do presidente eleito do país vizinho, Javier Milei. O deputado tem afirmado que quer entrar no avião já com uma definição.

Ricardo Salles conta com a simpatia de Bolsonaro para ser candidato pelo PL, mas tem resistência cerrada de Valdemar, que já tem costurado um acordo com o atual prefeito, Ricardo Nunes, do MDB. Pelo acerto, caberia ao PL indicar o candidato a vice-prefeito na chapa à reeleição.

Na possibilidade, vista hoje como mais provável, de que o cacique do PL siga inflexível quanto à candidatura de Salles, o deputado e aliados creem que ele não deve enfrentar resistência para conseguir uma carta de anuência que lhe permita deixar o PL sem perder o mandato na Câmara. Nesse caso, o destino mais provável de Ricardo Salles é o Partido Renovação Democrática, o PDR, recém-criado pela fusão entre PTB e Patriota.

A propósito, enquanto não bate o martelo sobre seu rumo partidário para a eleição paulistana, Salles definiu o nome do ex-deputado e ex-secretário da Receita Federal Marcos Cintra como coordenador de seu plano de governo.