O flerte não correspondido de Augusto Aras com Lula
O PGR Augusto Aras acumula acenos ao presidente Lula, mas ainda não foi recebido para uma conversa
atualizado
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Em busca de um terceiro mandato, o procurador-geral da República, Augusto Aras, faz acenos cada vez mais frequentes para mostrar alinhamento ao presidente Lula.
Nesta semana, ele defendeu que o Supremo Tribunal Federal (STF) não obrigue o Senado a abrir uma CPI para apurar o 8 de janeiro, como quer fazer a oposição. Alguns dias antes, participou de um evento para promover a vacinação.
Além disso, no último sábado, a PGR deu um parecer favorável à derrubada de um decreto de Jair Bolsonaro que coloca em risco a estabilidade de servidores públicos federais. São diversas as formas de jurar amor à democracia — como Aras fez na abertura dos trabalhos do STF — e a Lula.
Apesar disso, Aras não foi recebido ainda para uma conversa privada com o presidente, como gostaria.
Como mostrou a coluna, o PGR tem feito campanha pela sua recondução em setembro, mesmo com poucas chances de conquistar um terceiro mandato.
Entre seus apoiadores estão o senador Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do PP de Alagoas, e o petista João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados e condenado no mensalão.