Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e Natália Portinari

MPF recorre contra fim da ação sobre 7 de setembro com Bolsonaro

Justiça Federal extinguiu a ação; MPF recorre para pedir que União seja responsabilizada pela omissão

atualizado 31/03/2023 12:42

Reprodução

O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) está pedindo a continuidade da ação para apurar desvio de finalidade na festa cívico-militar do 7 de setembro de 2022, na praia de Copacabana.

A procuradoria considera que houve uma omissão da União que transformou o evento do bicentenário da independência em uma manifestação político-partidária a favor do então presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o MPF, os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica não adotaram medidas medidas claras para garantir que a celebração não fosse utilizada como palanque para uma manifestação em prol de Bolsonaro.

Os procuradores pedem a condenação da União e a reparação dos danos causados por meio da apresentação de um pedido de desculpas público, além de um relatório sobre a participação das Forças Armadas.

O pedido do MPF foi rejeitado pela Justiça federal em 7 de março. O juiz responsável pelo caso, Mauro Luis Rocha Lopes, considerou que o Estado não poderia pedir desculpas. Também disse que não poderia obrigar a União a criar regras para a participação das Forças Armadas em eventos similares, como pediu o MPF.

No recurso apresentado nesta sexta-feira (31/3), o MPF pede a continuidade da ação, citando julgados da Corte Interamericana de Direitos Humanos que estabelecem pedidos de desculpas por Estados nacionais em situações de reparação, como essa. Segundo o MPF, todos os pedidos são juridicamente viáveis.

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