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Ministro de Lula tem dinheiro bloqueado por dívida de campanha

A Justiça de São Paulo bloqueou valores da conta de Alexandre Padilha, ministro da articulação de Lula, por uma dívida da campanha de 2014

atualizado

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Alexandre Padilha, Ministro das Relações Institucionais, durante coletiva no Alvorada - metrópoles
1 de 1 Alexandre Padilha, Ministro das Relações Institucionais, durante coletiva no Alvorada - metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais, teve valores bloqueados de sua conta bancária devido a uma dívida contraída na campanha para o governo de São Paulo, em 2014.

A Justiça de São Paulo autorizou, no fim do ano passado, que Padilha fosse alvo de ordens automáticas de bloqueio. A medida é chamada de “teimosinha”, por fazer buscas contínuas de dinheiro nas contas de um devedor.

A dívida é cobrada pela agência Analítica, Amaral & Associados Comunicação Ltda, que prestou serviços de assessoria de imprensa para Padilha durante a eleição de 2014. O contrato firmado entre a empresa e a campanha estabelecia o pagamento de R$ 1,65 milhão, dividido em três parcelas e com o vencimento até 4 de outubro de 2014. Apenas R$ 900 mil foram pagos.

O diretório estadual do PT de São Paulo havia assumido a dívida de forma solidária, mas não fez o pagamento porque um recurso estava pendente de julgamento. Em 1º de fevereiro de 2023, a Justiça rejeitou os argumentos de Padilha e do PT-SP e determinou a execução da dívida, corrigida para R$ 1,9 milhão.

Os bloqueios às contas de Padilha e do PT-SP foram pedidos pela defesa da firma de comunicação em julho, sob a argumentação de que nenhum valor havia sido pago. Naquele momento, a quantia devida era de R$ 2,3 milhões.

Diversos débitos passaram a ser feitos na conta de Padilha a partir de dezembro. O ministro pediu à Justiça a suspensão dos bloqueios, alegando que não tomou conhecimento de nenhuma decisão que autorizasse a medida, mas a solicitação foi negada no plantão judiciário. Não houve manifestação judicial sobre o desbloqueio dos valores desde então.

A coluna procurou a assessoria de Padilha e os advogados do ministro para comentar o caso, mas eles não quiseram se pronunciar. O espaço está aberto a eventuais manifestações.

A Analítica Comunicação não comentou a cobrança judicial e informou que deixou de trabalhar na área política em 2017. Os advogados da agência não foram localizados.

Leia abaixo a íntegra da nota enviada pela empresa:

“A Analítica Comunicação é uma agência de assessoria de imprensa e comunicação corporativa que deixou de trabalhar na área política em 2017 e que, desde então, dedica-se exclusivamente a clientes do setor privado. Sobre o processo, a agência não irá se pronunciar e informa apenas que se refere a um contrato de 2014, cujo objeto era a prestação de serviços de assessoria de imprensa para a campanha do então candidato do PT ao governo de São Paulo”.

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