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Investigado, Ricardo Barros ameaça processar relator da CPI da Covid

Senadores apuram conexões do líder do governo na Câmara com empresas que negociaram vacina com ministério

atualizado

Igo Estrela/Metrópoles
Ricardo Barros, líder do governo na Câmara

Ricardo Barros, líder do governo Bolsonaro na Câmara, afirmou nesta quarta-feira (6/10) que processará Renan Calheiros, relator da CPI da Pandemia, se for acusado de crimes no relatório da comissão. O documento será apresentado neste mês. Barros é investigado pelos senadores por suas conexões com empresas que negociaram a vacina indiana Covaxin com o Ministério da Saúde.

“O Renan fala pelos cotovelos. Assim que ele entregar o relatório, vou tomar as providências jurídicas. As ações estão prontas”, afirmou Barros, que cogitou ser vítima de crimes de abuso de autoridade e difamação.

Em junho, o deputado Luis Miranda e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda, afirmaram à CPI que ouviram de Jair Bolsonaro que Barros estava “no rolo” da compra da Covaxin. O colegiado enviou uma carta ao presidente pedindo explicações. Até hoje, Bolsonaro não desmentiu a acusação categoricamente sobre seu líder na Câmara.

Em agosto, a coluna mostrou que o empresário Abdul Fares, que revelou à CPI da Pandemia fraudes na Fib Bank, fiadora da Covaxin, afirmou que o advogado Marcos Tolentino é o dono da empresa. Tolentino é próximo a Ricardo Barros e ambos são investigados pela CPI.

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