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Governo admite que cloroquina dada a indígenas pode ter ido para Covid

Nota afirma que medicamento era para malária, mas médicos têm autonomia para prescrever

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Indígenas de diversas etnias proticolam documento no Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Justiça e no da Saúde em defesa da demarcação do território e direitos do povos indígenas
1 de 1 Indígenas de diversas etnias proticolam documento no Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Justiça e no da Saúde em defesa da demarcação do território e direitos do povos indígenas - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma nota técnica do Ministério da Saúde enviada nesta segunda-feira à CPI da Covid admite a possibilidade de que comprimidos de cloroquina enviados a comunidades indígenas foram receitados para o tratamento de Covid-19.

A nota diz que houve a distribuição de 534,5 mil comprimidos de Cloroquina 150 mg para os distritos sanitários especiais indígenas (DSEIs) em 2020. Em 2021, até 19 de maio, foram 129 mil.

Segundo a Secretaria Especial de Saúde Indígena, a distribuição tinha como objetivo o combate à malária, mas o órgão admite a chance de o medicamento ter sido receitado para Covid-19, caso houvesse prescrição médica.

“Houve distribuição aos DSEI de 534.500 comprimidos de Cloroquina 150mg para tratamento da malária em 2020. Conforme já apresentado, caso houvesse prescrição pelo médico, para uso de combate à Covid-19, conforme parecer nº 04/2020 do CFM”, diz a nota.

O documento afirma que o “tratamento do paciente suspeito ou portador de Covid-19 deve ser baseado na autonomia do paciente ou de seu responsável legal”.

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