A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que representa os grandes bancos do país, criticou neste sábado (18/9) o Nubank e a Zetta, associação fundada pelo Nubank, Mercado Pago e Google no início do ano. O Google não faz mais parte da associação. Em uma publicação no Linkedin, a Febraban acusou as fintechs de evitar o pagamento de impostos e obrigações trabalhistas.
“A ‘verdade’ verdadeira é que as grandes fintechs gostam mesmo é de pagar apenas ‘meia entrada’ e em nada se diferenciam dos bancos. Aliás, só não são bancos para pagar menos impostos, gerar menos empregos, ter poucas obrigações regulatórias e trabalhistas”, escreveu a Febraban, acrescentando:
“A Zetta não contou que o Nubank, que tem cara, porte, produtos e até nome de banco, prefere não se dizer banco, mas cobra juros mais altos dos seus clientes do que a média dos cinco ou 10 grandes bancos brasileiros. Olhe bem!”.
Segundo a Febraban, na última semana de agosto o Nubank cobrou uma taxa média anual do juro do cartão rotativo de 291,76%, enquanto a dos cinco grandes bancos foi de 271,68%. As fintechs também “pagam bem menos impostos que os bancos, que pagam 45% sobre lucro”, seguiu a entidade.
O texto é uma resposta a um tuíte da Zetta na última quinta-feira (16/9) que dizia: “A verdade sobre assimetrias: tarifas dos grandes bancos, que reclamam da perda de competitividade, saltam acima da inflação durante a pandemia, enquanto as tarifas das fintechs são mantidas”.
O episódio acontece na esteira da disputa de mercado entre as fintechs e os bancos tradicionais. Os gigantes do setor acusam as novas empresas de tecnologia de se beneficiarem por uma regulação menor.
(Atualização, às 13h39 de 20 de setembro de 2021: Embora tenha participado da fundação da Zetta no início do ano, o Google deixou de fazer parte da associação. A informação foi acrescentada no texto.)