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“Exame de sanidade mental”, diz Witzel sobre acusação de Queiroz

Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz acusa governo Witzel de ter encomendado a morte do miliciano Adriano da Nóbrega

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Wilson Witzel
1 de 1 Wilson Witzel - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Wilson Witzel, ex-governador do Rio de Janeiro, disse que Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro, deveria ser submetido a um “exame de sanidade mental” depois de ter acusado sua gestão de ter encomendado a morte do miliciano Adriano da Nóbrega.

Na quinta-feira (7/4), Queiroz publicou um vídeo afirmando que uma reunião ocorrida no Palácio do Guanabara em 2019, época em que Witzel era governador, encomendou a morte do “capitão Adriano”. O vídeo foi uma reação à divulgação de uma escuta telefônica feita pela Polícia Civil em 2020, na qual Daniela da Nóbrega, irmã de Adriano, acusa o Planalto de oferecer cargos de confiança em troca da morte do ex-capitão, como mostrou o repórter Italo Nogueira.

“Recebi uma ligação do capitão Adriano no dia 24 de dezembro de 2019; ele me relatou que houve uma reunião dentro do Palácio do Guanabara, na qual ficou acertado que não era para ele ser preso, e sim executado, o que aconteceu em fevereiro”, disse Queiroz.

“Deveriam submeter esse senhor a um exame de sanidade mental”, afirmou Witzel à coluna na sexta-feira (8/4).

Mesmo buscando distância de Queiroz na pré-campanha, Jair Bolsonaro se uniu à tese do ex-assessor de seu filho e também acusou o governo de Witzel, seu antigo aliado, de ter mandado matar o miliciano.

“Pelo que tomei conhecimento, ela se equivocou. Em vez de falar Palácio das Laranjeiras, falou Palácio do Planalto. Se equivocou no tocante a isso. Pelo que eu lembre, nunca conversei com ela”, disse o presidente, em referência à irmã de Adriano.

A nova associação de Witzel ao miliciano pode ser uma pedra no sapato do ex-governador, que ainda tenta reverter no STF seu processo de impeachment. Em março de 2021, a viúva do miliciano, Júlia Lotufo, disse, em uma delação premiada ao MP do Rio de Janeiro, que o então governador, que estava afastado na época, havia encomendado a morte do marido como “queima de arquivo”. Witzel foi afastado definitivamente do cargo no mês seguinte.

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