metropoles.com

Erika Hilton aciona MP por open bar em camarote de Nunes com crianças

Prefeitura de São Paulo contratou serviço de open bar para camarote que recebeu crianças e adolescentes nos ensaios técnicos no Anhembi

atualizado

Compartilhar notícia

Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
A deputada federal Erika Hilton, do PSol de São Paulo, no plenário da Câmara
1 de 1 A deputada federal Erika Hilton, do PSol de São Paulo, no plenário da Câmara - Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) recebeu um pedido para investigar supostas irregularidades na contratação do patrocínio para o camarote mantido pela Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo nos ensaios técnicos das escolas de samba no Anhembi. A representação contra o prefeito paulistano, Ricardo Nunes, partiu da deputada federal Erika Hilton, do PSol de São Paulo, e da ativista Amanda Paschoal.

A contratação do patrocínio da empresa TOP Entretenimento para o Camarote da Cultura, por R$ 2,1 milhões, implementou a distribuição de bebidas alcoólicas, no modelo open bar, em um espaço que recebeu crianças e adolescentes que participam de programas educacionais municipais. O contrato com a TOP também previa a distribuição de 25 ingressos, com consumação, para cada dia dos desfiles oficiais das escolas de samba de São Paulo.

A representação aponta que o oferecimento de itens alheios ao objeto do termo de contrato culminou na “contratação aparentemente fraudulenta, por improbidade administrativa”, do patrocínio. Erika e Amanda ainda destacaram a necessidade de o MPSP investigar se houve a distribuição de bebidas alcoólicas para menores de idade no espaço do camarote municipal.

Os primeiros questionamentos à contratação do patrocínio foram apresentados pelo urbanista Nabil Bonduki, em uma série de postagens publicadas no X (o antigo Twitter). Bonduki divulgou o parecer de um procurador do município para a Secretaria de Cultura rejeitar a contratação. A pasta, no entanto, julgou que a contratação era válida e que o investimento público resultaria em “impactos positivos significativos” para a cidade.

Na representação, Erika e Amanda declararam que os documentos referentes à contratação do patrocínio não estão no site oficial da Prefeitura e que só podem ser acessados por meio do Diário Oficial, o que infringe os princípios da transparência.

(Atualização às 21h05 do dia 15 de fevereiro de 2024 – Após a publicação da notícia, a Secretaria Municipal de Cultura enviou nota dizendo que “os menores de idade foram devidamente identificados e não puderam consumir bebidas alcoólicas” no Camarote da Cultura. A pasta informou que os alunos da Escola Municipal de Iniciação Artística (EMIA), destinada ao público infantil, não participaram do evento, como estava previsto, e que só aprendizes de programas de formação que contemplam jovens a partir de 19 anos foram ao camarote. A secretaria informou que as “orientações emitidas pelas áreas jurídicas e técnicas, conjuntamente, são consideradas na tomada de decisões, conforme preconiza a legislação brasileira”, e que, “neste sentido, todas as orientações jurídicas foram devidamente esclarecidas em manifestação técnica que conclui o processo”.)

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comGuilherme Amado

Você quer ficar por dentro da coluna Guilherme Amado e receber notificações em tempo real?