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Empresário bolsonarista defende prisão de ministros do STF

Alfredo Sequeira Filho, que se reuniu com ministro Paulo Guedes com pauta anticompliance, foi bloqueado pelo Twitter

atualizado

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empresário bolsonarista Alfredo Sequeira Filho
1 de 1 empresário bolsonarista Alfredo Sequeira Filho - Foto: Reprodução

O empresário bolsonarista Alfredo Sequeira Filho pede a prisão de ministros do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em redes sociais e está com o Twitter bloqueado por violar as regras da plataforma. Sequeira Filho é fundador da Associação dos Assessores de Investimentos (AIs Livres) e se reuniu com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no início do ano.

Sequeira Filho tem se aproximado do governo Bolsonaro com uma pauta em particular. Ele defende que os escritórios de agentes autônomos de investimento, que prospectam clientes e sugerem investimentos no mercado de capitais, não sejam obrigados a ter um setor de compliance. Essa diretoria tem como dever combater a corrupção.

De acordo com o empresário do mercado de valores, a exigência traria custos demais ao setor. O tema está em análise na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), subordinada ao Ministério da Economia e que fiscaliza o mercado de valores no país. Os argumentos de Sequeira Filho já foram levados pessoalmente à CVM, à Câmara dos Deputados e ao Ministério da Economia. A reunião com Paulo Guedes no início do ano foi informada pela repórter Naira Trindade.

Nos últimos meses, o empresário bolsonarista atacou o STF, o TSE e pelo menos três ministros desses tribunais em redes sociais. Segundo Sequeira Filho, os ministros do STF são “bandidos”, “ditadores” e “devem ser presos”.

Luís Roberto Barroso foi chamado de “canalha” e “não vale o que come”. Alexandre de Moraes, “ditador canalha” que “nas horas vagas é ministro do STF”. O presidente do Supremo, Luiz Fux, aparece ao lado do texto “alguém votou neles?”.

Questionado sobre o bloqueio por desrespeitar regras do Twitter, Alfredo Sequeira Filho negou que tivesse um perfil na rede social. Informado de que ele mesmo divulgava os tuítes em seu Facebook, recuou: “Deve ser alguma coisa que fiz há muito tempo”. O empresário não quis comentar os ataques aos ministros: “É meu direito de expressão”.

Uma sócia de Alfredo, Celina Daiub Perondi, foi indiciada pela PF em 2017, depois de ter sido alvo de condução coercitiva na Lava Jato. O caso tramita em sigilo na Justiça Federal em São Paulo desde o ano passado. A sócia de Sequeira negou qualquer irregularidade e disse que o caso foi arquivado recentemente. Ela afirmou que enviaria essa decisão judicial, mas não o fez.

Atualmente, Celina Perondi é processada pela CVM em execução fiscal na Justiça Federal de São Paulo, por não pagar uma multa. O valor da cobrança é de R$ 10,3 mil. Questionada, Perondi pontuou que não tinha conhecimento do caso e que quitaria a dívida.

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