Diretores de agências reguladoras veem poucas chances de sucesso na emenda do Centrão que submeteria a atuação das entidades às comissões temáticas da Câmara. Aliados de Arthur Lira quererem votar a emenda com a medida provisória (MP) de reestruturação ministerial.

A emenda obrigaria as agências a terem suas ações chanceladas pelos deputados que integram as comissões.

Presidentes e diretores com mandatos nessas agências acreditam que os deputados não conseguirão levar a emenda adiante. Nas conversas sobre o tema, os diretores afirmaram que a medida é “extemporânea” e afastaria o Brasil de suas ambições internacionais, como a entrada na OCDE.

Também ficou combinado entre os diretores que ninguém fará comentários públicos sobre a emenda. Eles querem evitar que o assunto ganhe publicidade e entre na pauta de discussões nacionais.

A medida afetaria todas as agências reguladoras: Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) , Agência Nacional do Cinema (Ancine), Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.