Damares Alves jogou mais uma pá de terra em cima do que seria o Memorial da Anistia, em Belo Horizonte.
Em maio, a ministra enviou um ofício ao Ministério da Economia para questionar a situação do prédio da Universidade Federal de Minas Gerais que abrigaria o museu. No mesmo documento, Damares perguntou se poderia usar o espaço para outro fim.
No ofício, a ministra reafirmou que o memorial “possivelmente não será implementado”.
Em 8 de junho, o secretário de Coordenação e Governança do Patrimônio da União, Mauro Santana Filho, respondeu que o termo de cooperação, hoje sob responsabilidade da pasta de Damares, poderia ser repassado a outros órgãos, mas só depois de o Ministério da Justiça, que fechou o acordo, devolver o imóvel.
Idealizado em 2009, o Memorial serviria para preservar a memória política de eventos da ditadura militar.
Em 2019, no entanto, a ministra afirmou que o governo não tinha dinheiro para terminar a obra. No mesmo ano, o MPF cobrou que Damares explicasse o futuro do prédio.