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CPMI: condenado por bomba acessou vídeos que ensinavam a fazer explosivos

Polícia Civil do DF citou acessos do YouTube à CPMI do 8/1; empresário bolsonarista foi condenado por armar atentado a bomba em Brasília

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
George Washington na CPMI de 8/1
1 de 1 George Washington na CPMI de 8/1 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira, condenado por armar um atentado a bomba em um caminhão-tanque perto do aeroporto de Brasília, acessou, pelo menos, 14 vídeos no YouTube que ensinavam a fazer explosivos. As informações foram enviadas pela Polícia Civil do DF à CPMI do 8 de Janeiro no mês passado.

Os vídeos controversos acessados por Oliveira no YouTube tinham títulos didáticos, a exemplo de “Como explodir uma bomba de dinamite”, “Como fazer um detonador”, “Fazer pavio com pólvora”, e “Nitrato de amônia”, material usado na fabricação de bombas. Não é possível saber se os vídeos vistos pelo homem continuam no ar, mas a coluna localizou, até esta quinta-feira (13/7), filmagens com títulos idênticos disponíveis a qualquer pessoa no YouTube. Já era sabido que Oliveira havia pesquisado sobre dinamites na plataforma de compras Shopee.

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O empresário tentou explodir um caminhão de combustível em Brasília em 24 de dezembro do ano passado, a uma semana da posse de Lula. Em maio, Oliveira foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão pelo atentado. O vigilante Alan Diego dos Santos, outro envolvido no crime, cumprirá pena de cinco anos e quatro meses.

A dupla está na mira da CPMI do 8 de Janeiro, no Congresso Nacional, e na CPI do mesmo tema na Câmara Legislativa do DF (CLDF). Oliveira prestou depoimento à CPMI no último dia 22. Uma semana depois, os dois falaram à CPI da CLDF. Na ocasião, Santos se disse “ameaçado por elementos da extrema-direita”. A sessão foi suspensa, e os deputados farão um depoimento reservado, para que ele detalhe a ameaça.

Procurado, o YouTube não respondeu. O espaço está aberto a manifestações.

(Atualização às 14h28 de 13 de julho de 2023: Em nota, o YouTube afirmou que os vídeos com títulos citados pela reportagem “por si só não representam violações das nossas políticas”. A plataforma disse que proíbe conteúdos que “incentivem atividades ilegais ou perigosas com risco de danos físicos graves ou de morte”, acrescentando: “Por exemplo, dar instruções de como criar uma bomba que será usada para machucar ou ferir outras pessoas”.)

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