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Congresso alertou em 2008 para risco climático de enchentes extremas

Lula estava no 2º mandato e palavras tinham outras grafias, mas conteúdo segue atual: “Aquecimento global é realidade”, disse relatório

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Jefferson Bernardes/Getty Images
Pessoas são vistas com águas na cintura após a enchente do Rio Guaíba inundarem as ruas da cidade de Porto Alegre no Rio grande do Sul RS - Metrópoles
1 de 1 Pessoas são vistas com águas na cintura após a enchente do Rio Guaíba inundarem as ruas da cidade de Porto Alegre no Rio grande do Sul RS - Metrópoles - Foto: Jefferson Bernardes/Getty Images

Um relatório do Congresso alertou há 16 anos para o risco de enchentes extremas no Brasil por causa do aquecimento global. O documento de 2008, que pediu que o Brasil se adaptasse com urgência às mudanças climáticas, tem trechos que contrastam com o desastre climático no Rio Grande do Sul dos últimos dias, que já deixou 107 mortos.

“A vulnerabilidade do Brasil manifesta-se sob diversos aspectos, como, por exemplo: aumento da frequência e intensidade de eventos climáticos extremos (enchentes e secas)”, afirmou o relatório final da Comissão Mista Especial sobre Mudanças Climáticas do Congresso, em junho de 2008. O documento de 253 páginas apontou ainda: “As chuvas estão ficando mais concentradas, no tempo e no espaço, corroborando o quadro atual de mais secas e enchentes intensas”.

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O relator da comissão era o então senador Renato Casagrande, atual governador do Espírito Santo. Naquela época, Lula estava no seu segundo mandato, o ministro do STF Dias Toffoli era advogado-geral da União, e a crise financeira de 2008 se aproximava do ápice nos Estados Unidos.

Mais antigo do que o Novo Acordo Ortográfico do Português, o relatório tem palavras com grafias obsoletas para os dias atuais. O conteúdo, no entanto, segue contemporâneo. “O aquecimento global é uma realidade”, afirmou o relatório, que defendeu um programa nacional para a adaptação às mudanças climáticas.

Com 107 mortos e 400 mil pessoas fora de casa, o Rio Grande do Sul enfrenta seu pior desastre climático. Uma semana após o início das tempestades, boa parte do estado segue debaixo d’água. O governo alerta que fortes chuvas ainda podem causar estragos nos próximos dias.

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metropoles.comGuilherme Amado

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