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Chefe da ocupação de favelas no RJ foi citado em inquérito com Castro

MPRJ afirmou que Allan Borges participou de “possíveis negociatas”na Fundação Leão XIII, do governo do estado, mas ele não foi denunciado

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claudio castro e allan borges
1 de 1 claudio castro e allan borges - Foto: Reprodução

O coordenador do Cidade Integrada, projeto milionário de ocupação de favelas do governo do Rio de Janeiro, Allan Borges, foi citado pelo Ministério Público do estado no inquérito que apurou fraudes na Fundação Leão XIII, em agosto de 2020, como um responsável por “possíveis negociatas” entre empresários e a Leão XIII. Na mesma investigação, o governador Cláudio Castro foi acusado por um delator de ter recebido propina em dinheiro.

Borges, que não chegou a ser denunciado pelo MP-RJ, foi presidente do órgão entre janeiro de 2019 e 2020, período em que a empresa pública foi investigada, e assinou um aditivo sem licitação de R$ 21 milhões com a Servlog, firma que estava no centro das suspeitas de corrupção na Leão XIII.

A Polícia Civil e o MP-RJ investigaram servidores da fundação por suspeita de fraude e recebimento de propina. Na investigação, que ficou conhecida como Operação Catarata, 25 pessoas foram denunciadas, incluindo funcionários públicos. A Fundação Leão XIII era subordinada a Castro, que era vice-governador do Rio.

Segundo Bruno Selem, ex-funcionário da Servlog que fez delação ao MP do Rio, o dono da empresa, Flavio Chadud, teria pagado R$ 100 mil em propina a Castro. O então vice-governador teria recebido esse valor em uma mochila em julho de 2019, após uma reunião com Chadud. Castro e Chadud negam todas as acusações.

Borges assinou um aditivo de R$ 21 milhões num dos contratos considerados ilícitos celebrados pela Servlog e a Fundação Leão XIII. Originalmente, antes do aditivo, o contrato tinha valor de R$ 28 milhões. O MP-RJ afirma que o então presidente da Leão XIII participava de “possíveis negociatas” com Chadud e o empresário Marcus Vinicius Azevedo, que está entre os denunciados pela Operação Catarata.

“Foram localizadas possíveis negociatas entre Marcus Vinicius Azevedo [empresário] e Allan Borges. Conforme se observa, [aconteciam] encontros externos à Fundação, visitas forjadas à Fundação por Marcus Vinicius e Flávio Chadud, chegando ambos em momentos distintos para simular legitimidade. [Ocorreram] negociatas para formação de termo de referência à licitação e outros ilícitos licitatórios”, diz a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Borges foi exonerado da Fundação Leão XIII em 20 de janeiro de 2020, mas no mesmo dia recebeu um cargo na Coordenadoria Geral de Educação para o Trânsito, pasta subordinada à Vice-Governadoria do estado, ocupada na época pelo atual governador, Cláudio Castro. Ficou no cargo até maio daquele ano, quando assumiu a Subsecretaria de Transportes do município do Rio de Janeiro.

Em junho de 2021, um mês após Castro tomar posse definitiva como chefe do Executivo fluminense, Borges retornou ao governo do estado como subsecretário de Habitação. Em janeiro de 2022, ganhou a coordenação do Cidade Integrada, projeto que tem orçamento de R$ 500 milhões.

Procurado pela coluna, Borges disse que não há qualquer investigação, indiciamento, processo ou ação penal contra ele. O governo do Rio não quis se posicionar sobre a citação ao subsecretário.

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