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Rio: operação prende secretário de Educação. Cristiane Brasil também é alvo

Os agentes cumprem mandados de prisão contra um grupo que supostamente desviou dinheiro em contratos de assistência social

atualizado

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Philippe Lima/Governo do RJ
Pedro Fernandes, secretário de Educação do Rio é preso
1 de 1 Pedro Fernandes, secretário de Educação do Rio é preso - Foto: Philippe Lima/Governo do RJ

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil realizam, na manhã desta sexta-feira (11/9), uma nova fase da Operação Catarata contra supostos desvios em contratos de assistência social.

O secretário estadual de Educação do Rio de Janeiro, Pedro Fernandes (foto em destaque), foi preso. Ele, no entanto, apresentou exame em que testou positivo para a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, e teve a prisão preventiva convertida em domiciliar.

Os agentes também procuram a ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), filha do também ex-deputado federal Roberto Jefferson.

Por meio de nota (veja a íntegra no fim da reportagem), a ex-deputada e candidata à Prefeitura do Rio afirmou que a operação é uma “tentativa clara” de perseguição política a ela e ao pai.

Outras três pessoas foram detidas. São elas: o empresário Flavio Salomão Chadud, o ex-delegado Mario Jamil Chadud e o ex-diretor de administração financeira da Fundação Leão XIII João Marcos Borges Mattos.

A primeira fase da operação foi realizada em julho de 2019. Na ocasião, sete pessoas foram presas suspeitas de fraudar licitações em contratos da Fundação Estadual Leão XIII. Na época, Fernandes era o presidente da entidade.

De acordo com as investigações, o suposto esquema incluía outros órgãos do estado, como a Secretaria Municipal de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida e a Secretaria Municipal de Proteção à Pessoa com Deficiência.

Os contratos teriam custado cerca de R$ 120 milhões entre 2013 e 2018.

Nota de defesa de Cristiane Brasil:

“Tiveram oito anos para investigar essa denúncia sem fundamento, feita em 2012 contra mim, e não fizeram, pois não quiseram. Mas aparecem agora, que sou pré-candidata a prefeita, numa tentativa clara de me perseguir politicamente, a mim e ao meu pai.

“Em menos de uma semana, Eduardo Paes, Crivella e eu viramos alvos. Basta um pingo de racionalidade para se ver que a busca contra mim é desproporcional. Vingança e política não são papel do Ministério Público nem da Polícia Civil”. 

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