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Bancada evangélica seguirá tom neutro do Itamaraty sobre Rússia

Alinhada a Jair Bolsonaro, bancada evangélica na Câmara seguirá posicionamento do Itamaraty, que não condenou invasão russa à Ucrânia

atualizado

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Isac Nóbrega/PR
Jair Bolsonaro em culto evangélico no Planalto
1 de 1 Jair Bolsonaro em culto evangélico no Planalto - Foto: Isac Nóbrega/PR

A bancada evangélica na Câmara manterá o tom do Itamaraty e não condenará a invasão da Ucrânia pela Rússia, nesta quinta-feira (24/2). Aliados a Jair Bolsonaro, os deputados preparam um comunicado oficial com uma posição neutra. Enquanto isso, silenciam sobre os bombardeios na Ucrânia.

Questionado, o presidente da frente parlamentar, deputado Sóstenes Cavalcante, do União Brasil do Rio de Janeiro, disse apenas: “Devemos respeitar a soberania nacional”, sem citar um dos dois países especificamente.

Cavalcante pediu a assessores que a bancada divulgue uma nota sobre o conflito. O documento deve defender a solução do caso “de forma amigável”. O tom seria semelhante a uma nota do Itamaraty mais cedo, que preferiu lançar mão do termo “hostilidades” em vez de “guerra”. Ao emitir a nota nesse teor, o governo Bolsonaro ignorou a Constituição, que prevê a não intervenção como um pilar de sua atuação internacional.

Neste mês, quando a tensão já era alta no Leste Europeu, Jair Bolsonaro visitou o presidente russo, Vladimir Putin, e disse que o Brasil era “solidário” à Rússia. A posição foi de encontro às principais democracias do Ocidente, como os Estados Unidos e as potências europeias.

Até a bancada emitir um posicionamento oficial, seus integrantes têm silenciado sobre o tema. Instado a expressar sua avaliação sobre a nota do Itamaraty, disse Marcos Pereira, presidente do Republicanos, partido ligado à Igreja Universal: “Não avaliei nada”.

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