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G7 pede para Putin “parar banho de sangue” na Ucrânia e retirar tropas

Líderes das 7 maiores potências condenaram ataque militar russo ao país vizinho e disseram que Putin se colocou do lado errado da história

atualizado

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Foto de Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images
Tanques ucranianos são vistos em cidade da região após o ataque russo -Metrópoles
1 de 1 Tanques ucranianos são vistos em cidade da região após o ataque russo -Metrópoles - Foto: Foto de Wolfgang Schwan/Agência Anadolu via Getty Images

Os líderes do Grupo dos Sete (G7) condenaram na tarde desta quinta-feira (24/2) o ataque militar da Rússia à Ucrânia. Em nota, o G7 pediu para a Rússia “parar banho de sangue”, reduzir a escalada de tensões e retirar suas tropas da região.

“Apelamos à Federação Russa para que pare o banho de sangue, reduza imediatamente a escalada e retire suas forças da Ucrânia”, diz nota dessas nações.

O grupo ainda considerou o ataque injustificado e baseado em alegações “infundadas”. A nota ainda expressa apoio ao povo ucraniano e ao governo do país e afirma que os países prestarão assistência humanitária, inclusive para refugiados.

“Este ataque não provocado e completamente injustificado ao estado democrático da Ucrânia foi precedido por alegações fabricadas e alegações infundadas. Constitui uma grave violação do direito internacional e uma grave violação da Carta das Nações Unidas e de todos os compromissos assumidos pela Rússia na Ata Final de Helsinque e na Carta de Paris e seus compromissos no Memorando de Budapeste”, aponta comunicado do grupo, divulgada em inglês.

O G7 é composto por Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Japão e Canadá.

O grupo lembra ainda que a crise ameaça a ordem internacional, com ramificações além da Europa, e criticaram expressamente o presidente russo, Vladimir Putin. “O presidente Putin reintroduziu a guerra no continente europeu. Ele se colocou do lado errado da história”, criticam os líderes.

Sanções

Em pronunciamento transmitido ao vivo de Bruxelas, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que o bombardeio é “tolo” e que essa é uma violação internacional inadmissível por parte do presidente Putin.

“É um ataque contra seres humanos. A União Europeia e seus aliados condenam a Rússia. Continuaremos a enviar ajuda humanitária, financeira e militar para a Ucrânia”, frisou.

“Putin ordenou ações artroses contra um país soberano, um povo inocente. O que está em jogo é a ordem. Putin traz a guerra de volta à Europa. O povo russo não quer essa guerra”.

Os ataques

A invasão russa ocorreu na madrugada desta quinta-feira (24/2), horário de Brasília. Logo em seguida, as sirenes da capital Kiev começaram a tocar. O som foi o primeiro alerta à população de um possível ataque aéreo. O aeroporto da cidade foi esvaziado e teve os voos suspensos.

Na Ucrânia, há registros de ataques vindos da Bielorrússia e Crimeia, região anexada pela Rússia. Militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia.

Putin alertou para que nenhum outro país interfira na ofensiva russa na região separatista da Ucrânia. “Quem tentar interferir, ou ainda mais, criar ameaças para o nosso país e nosso povo, deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história”.

Na manhã desta quinta, uma segunda onda de mísseis teria atingido a Ucrânia. O governo ucraniano fala em oito mortos e diz que está respondendo aos ataques.

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