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MP denuncia quadrilha que furtou R$ 1 milhão de contas bancárias

Grupo era especializado em aplicar golpe para lesar correntistas e atuava também na Paraíba, Santa Catarina e São Paulo

atualizado

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O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) denunciou 22 pessoas que integravam organização criminosa especializada em aplicar golpe para furtar correntistas de bancos.

A denúncia foi feita ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), na sexta-feira (28/02/2020). O MPDFT atuou a partir da Operação XcorderX, deflagrada pela Polícia Civil do DF em 6 de fevereiro de 2020.

Segundo o Núcleo Especial de Combate a Crimes Cibernéticos (Ncyber), do MPDFT, a quadrilha atuava no Distrito Federal, Paraíba, Santa Catarina e São Paulo.

Na capital da República, as mais de 40 vítimas eram titulares de contas no Banco de Brasília (BRB). Um dos alvos do grupo perdeu mais de R$ 100 mil. Os prejuízos chegam a R$ 1 milhão no DF.

O Ncyber alegou à Justiça a prática reiterada de crimes, como furto mediante fraude, lavagem de dinheiro e invasão de dispositivo. Além da condenação dos envolvidos pelos crimes praticados, o MPDFT pede pagamento de R$ 10 milhões em danos morais coletivos.

De acordo com a investigação, a quadrilha era dividida em células, que atuavam de forma especializada e coordenada. Uma parte dos integrantes era responsável por obter e repassar informações das contas bancárias visadas, como dados do titular, agência, número de conta e senha de acesso, além da verificação de saldo, limites de empréstimo, entre outros dados que norteavam a escolha dos alvos.

A quadrilha usava serviço de programadores, chamados coders, que criavam programas maliciosos para obter as informações bancárias. Outra parte do grupo se passava por funcionário do banco e, sob falsa alegação da necessidade de realizar operação de segurança, obtinha da vítima o QR Code, código de barras bidimensional que permite que as transações bancárias sejam realizadas.

De acordo com o coordenador do Ncyber, do MPDFT, promotor de Justiça Leonardo Otreira, os clientes eram convencidos pelos criminosos a fazerem o envio da foto do código para um contato em um aplicativo de mensagens. “A organização criminosa simulava o protocolo de atendimento telefônico da instituição, inclusive, com o uso do número oficial utilizado pelo banco para contato com seus correntistas”, disse.

Os criminosos também contavam com pessoas que emprestavam as próprias contas bancárias, mediante o pagamento de uma comissão, para receber valores subtraídos das vítimas. Alguns integrantes da quadrilha se dedicavam ao recrutamento de titulares de contas que estariam dispostos a cedê-las ao crime.

As transferências dos valores roubados eram divididas entre várias contas para dificultar a atuação dos órgãos de controle e facilitar posteriores atos de lavagem de dinheiro, segundo a denúncia.

Uma gráfica e uma loja de vidros eram usadas para justificar a origem ilícita do dinheiro, e a quantia obtida era ocultada por meio da simulação de compras em máquinas móveis de transações bancárias, as pin pads, pelo pagamento de boletos bancários, por saques em terminais de autoatendimento e por sucessivas transferências bancárias, inclusive com remessa de valores para o exterior e aquisição de moedas digitais.

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