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O choque de opiniões entre o COI e a ministra Ana Moser sobre eSports

Apesar de Ana Moser não reconhecer jogos eletrônicos como esportes, os games podem entrar até nas Olimpíadas de Los Angeles

atualizado

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Ana Moser
1 de 1 Ana Moser - Foto: Reprodução/Instagram

Desde que tomou posse como ministra do Esporte do governo Lula, a ex-jogadora de vôlei Ana Moser comprou uma briga com os jogos eletrônicos, os chamados eSports, que ela, como autoridade federal, não considera uma atividade esportiva, e sim como entretenimento.

No último final de semana, numa entrevista ao Esporte Espetacular, da Globo, Ana Moser foi enfática mais uma vez:

“Hoje, efetivamente, não é esporte. Isso é um processo que independe de mim. Dentro do fenômeno, a área esportiva tem um formato que tem a questão do movimento. O esporte é movimento, isso é um fenômeno biopsicossocial, e o bio é muito importante. Como fenômeno científico, biológico, ele tem o movimento”, acentuou.

O COI tem outra opinião

Mas, diferentemente do que pensa a ministra do Esporte, o Comitê Olímpico Internacional (COI) está buscando uma renovação do movimento olímpico, e vem desenvolvendo o processo de inclusão dos esportes eletrônicos de maneira gradual. Para Guilherme Vieira, membro do Grupo de Estudos Olímpicos da USP e pesquisador de eSports e educação, a tendência é que os jogos eletrônicos sejam reconhecidos internacionalmente.

“Os esportes eletrônicos ainda são novidade no Ocidente. Eles já apareceram mais de uma vez nos jogos asiáticos, com direito a medalhas. O movimento olímpico cedeu um pouco à pressão dos jogos eletrônicos. Embora muitos esperassem avanços nas Olimpíadas de Tóquio, não houve nada relevante. Agora, há especulações sobre um possível avanço da pauta dos esportes eletrônicos nas Olimpíadas de Los Angeles em 2028, uma região muito ligada à tecnologia e ao desenvolvimento desses jogos”, disse o especialista ao G1.

Deve-se considerar que o COI já ultrapassou qualquer discussão conceitual sobre o que é ou não esporte. Na opinião de especialistas, isso vem da necessidade da sobrevivência do movimento olímpico nas próximas décadas.

Basta citar, por exemplo, a recente inclusão do surfe, skate e escalada em Tóquio-2020 e o breaking, que estreará em Paris-2024.

“A ideia fundamental é atrair o público jovem e integrá-lo ainda mais ao evento. Sem contar com o salto de audiência que vem a reboque”, complementa Guilherme Vieira.

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