Uma verdadeira amante de animais, a rainha Elizabeth nunca escondeu seu amor pelos bichos. Além dela e sua família, o castelo sempre foi um lar para inúmeros pets. Os cachorros eram os preferidos de Betinha, principalmente os da raça corgi. Ao longo de seus 96 anos, a monarca teve cerca de 30 doguinhos, que fez questão de nomear um por um.
Elizabeth ganhou seu primeiro cachorro da raça corgi em 1933 e, desde então, não abandonou o apego pelos bichinhos. O amor era tanto que eles tinham o próprio quarto no Palácio de Buckingham e refeições produzidas por um chef. Além disso, ela era a única que podia “brigar e levantar a voz ou o dedo” para os pets.
Com tanto tanto apego, os cachorros que ainda vivem no palácio podem sentir falta da monarca e passar por um processo de luto?

Rainha Elizabeth com um dos pets. Ela é apaixonada pelos cães da raça CorgiBettmann/Getty Images

Ao longo da vida, ela foi tutora de mais de 30 cães da raça Anwar Hussein/Getty Images

A maioria dos filhotes era descendente de Susan, a primeira cadelinha da monarca Getty Images

A rainha Elizabeth com os doguinhosReprodução/ Twitter

A rainha com a sobrinha, Sarah. A monarca segura um dos cachorrinhos de estimação Anwar Hussein/Getty Images
Cachorros e o luto
De acordo com a médica veterinária Joana Barros, diversos indícios evidenciam que os cães podem passar por alterações hormonais influenciadas por mudanças na família multiespecie e no ambiente em que vivem.
“Eles podem, assim como nós, vivenciar uma espécie de luto de seus tutores: sentem falta da rotina e do convívio… Isso também acontece quando perdem ou se separam de outros animais”, salienta a especialista da Gaia Medicina Veterinária Integrativa.

Depressão canina
De acordo com a médica, a depender da intensidade dessas alterações, os bichinhos são capazes, até mesmo, de desenvolver um quadro depressivo que pode levar a morte. “Eles podem desenvolver tristeza, apatia, falta de apetite e, a somatização desses sintomas emocionais, podem desencadear sintomas físicos”, ressalta.
A veterinária ainda conta que é preciso ficar atento aos sinais de luto dados pelos pets. “Eles podem se apresentar por meio do comportamento, como eram antes e ficaram depois da morte de seu tutor; se há alguma alteração física; e se estão comendo menos ou mais, por exemplo”, recomenda.
Desde que a monarca faleceu, no último dia 8, os bichinhos, batizados de Muick e Sandy, estão sob os cuidados do caçula de Elizabeth, o príncipe Andrew.
