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Rebecca Boubli dá dicas para introduzir a alimentação saudável aos filhos

Confira algumas estratégias para despertar o interesse dos pequenos pela comida nutritiva

atualizado

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Peter Cade/Getty Images
Criança segurando pedaços de cenoura
1 de 1 Criança segurando pedaços de cenoura - Foto: Peter Cade/Getty Images

Quem segue o perfil da nutricionista Rebecca Boubli no Instagram acompanha variadas (e valiosas) dicas de maternidade, educação positiva e nutrição comportamental. A brasiliense costuma mostrar suas experiências em casa, na presença dos filhos, Davi, Maria e Joaquim, e ensinar aos internautas estratégias que auxiliam no desenvolvimento dos herdeiros. Na rede social, mais de 50 mil pessoas aprendem com o que a mamãe de três tem a falar.

Ciente do desafio que os pais enfrentam diariamente na tentativa de inserir a alimentação saudável na rotina dos filhos, a coluna Claudia Meireles conversou com a especialista para saber o que pode ser feito para essa conquista. Ela deu dicas imprescindíveis. Confira!

Para Rebecca, um princípio básico para os papais de dois ou mais herdeiros é não comparar seus filhos e entender que eles se comportam de maneira distinta. Ou seja, cada herdeiro carrega o próprio temperamento, forma de ver a vida, linguagem de amor e reação aos eventos e situações. “O maior desafio é tratá-los individualmente. Por exemplo: meu filho Davi tem um temperamento mais manso, e eu preciso falar mais vezes com ele. Já a Maria é mais agressiva e impositiva, mas mais organizada, portanto, eu preciso falar só uma vez com ela’’, explica.

Rebecca Boubli com os filhos Davi e Maria. Recentemente, ela deu à luz Joaquim
Rebecca Boubli com os filhos Davi e Maria. Recentemente, ela deu à luz Joaquim

Sob o olhar da nutrição, Rebecca volta a atenção para a qualidade dos alimentos que coloca em casa. “Me baseio na alimentação que considero ideal e que seja simples e o mais natural possível, além de tratar a comida como ela é, em sua originalidade”, conta.

A profissional afirma que seus filhos, por exemplo, têm acesso ao que vem da indústria, ou seja, aos alimentos que ela considera que não trazem saúde, como as balinhas e os doces, mas o segredo são as doses homeopáticas (mínimas) e a leveza em relação a isso. Ela prefere evitar proibições. “Assim, eu percebo nitidamente como eles se relacionam bem com a comida”, frisa.

Maria e Davi
Maria e Davi

Na prática, que ações podem ser feitas para atrair os filhos para o hábito de consumo saudável? Primeiramente, de acordo com a nutricionista, é levar a alimentação saudável para ambientes de paz, alegria e momentos agradáveis. “As pessoas têm o hábito, infelizmente, de associar alimentos de baixa nutrição, como cachorro-quente, hambúrguer ou pizza, a momentos felizes e de união. E, no dia a dia, os alimentos que as crianças precisam comer, como as verduras, proteínas e frutas, ficam associados à pressa, tensão, ausência dos pais, algo dado pela babá, entre outras coisas. A dica é trazer quitutes que fazem bem ao organismo aos momentos felizes, seja qual for o dia, terça-feira ou domingo, por exemplo”, ilustra.

“Eu trago momentos alegres diversas vezes na semana associados a alimentos saudáveis, como uma sessão de cinema em casa com sopa, ou sobremesas com marshmallow e doces numa terça-feira após o jantar”

Rebecca Boubli
Todo dia é dia

Outro aspecto muito comum e que pode ser mudado é a separação dos dias da semana e o final de semana, ou as férias e as não férias. Para Rebecca, essas ocasiões que “saem da rotina” não deveriam ser diferentes, mas sim uma extensão do dia a dia. “Tem dias que vamos comer hambúrguer, pizza ou macarrão com brócolis. O ideal seria trazer leveza para todos esses momentos”, compartilha.

Brasília (DF), 13/01/2020. Nutricionista comportamental Rebecca Boubli. Foto: Jacqueline Lisboa/Esp. Metrópoles
Rebecca Boubli
Unindo o útil ao agradável

Uma dica bastante funcional ministrada pela especialista é envolver alimentos saudáveis nos momentos de consumo de comidas menos nutritivas. “Por exemplo: vamos fazer uma pizza? Então, que a gente coloque rúcula, manjericão, tomate… Vamos fazer hambúrguer? Põe alface, tomate e batata doce ou mandioca assada no lugar da batata frita”, exemplifica.

Praticidade

Tornar a alimentação mais acessível às crianças também é uma estratégia. Rebecca ilustra com o caso da banana ou da maçã cortada em um campo de visão do filho, que faz com que ele pegue a fruta por conta própria. “Isso também aumenta a curiosidade com a alimentação saudável”, diz.

Diversão

Outra sugestão é incluir os rebentos nos processos, como na ida às compras. “Vale escolher um dia para levá-los para participarem. E eles gostam de ser inseridos nisso. Às vezes é puxado, e não dá para fazer toda semana. Mas a cada 15 dias ou, pelo menos, uma vez por mês, é importante levá-los para terem contato com os alimentos”, ensina.

criança escolhendo frutas em supermercado
Outra sugestão é incluir os filhos nos processos, como na ida às compras

”Dou prioridade para os alimentos encontrados em feiras, como frutas e verduras, do que aos que estão nas prateleiras dos supermercados”

Rebecca Boubli

Criar o dia da família para que os pequenos ajudem nos preparos dos alimentos e tenham uma experiência na cozinha também é uma forma de incentivá-los. “Seja durante a semana ou aos fins de semana, eles podem preparar a salada, ralar a cenoura, lavar a alface…”, conta.

Filho de peixe, peixinho é

Entretanto, é crucial aos pais serem exemplo dentro de casa e melhorarem a aceitação à alimentação saudável, para que a criança seja essa extensão, acredita Rebecca. Para a nutricionista, não basta declarar que é difícil de comer e querer que o filho aja diferente.

menina comendo tomates
É crucial aos pais serem exemplos dentro de casa

Outros pontos que merecem atenção são o suborno, a recompensa e a disputa de poder com o filho. “Isso não é sustentável. Quando subornamos a criança, ela nunca vai entender com consciência que aquilo é algo saudável e nutritivo e que ela precisa dele. Ela vai entender que ela tem que enfiar aquilo para dentro para ganhar algo em troca. E ela ainda leva isso para outros âmbitos da vida”, alerta.

Também, nem todos sabem, mas, segundo Rebecca, deve-se acreditar na capacidade de os pequenos desenvolverem o gosto por algo. “O paladar é adquirido e treinável. Naturalmente, a criança tem uma seletividade alimentar, porque ela precisa de mais energia, então, tem uma tendência natural aos alimentos mais calóricos, como batata e pão, e não tem curiosidade com os de baixa quantidade energética, principalmente as verduras”, informa. Persistir, acreditar que precisa fazer e testar as comidas de várias formas diferentes são truques a se considerar.

Para saber mais, siga o perfil da coluna no Instagram.

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