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Os Beatles lançarão nova música com a voz de John Lennon em IA

A “mágica” ocorreu graças às ferramentas de IA que isolam a voz de John Lennon. O ex-integrante dos Beatles morreu em 1980

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Mark and Colleen Hayward/Getty Images e Matheus Veloso/Metrópoles
Foto de Beatles com inserção de Carol Kalil
1 de 1 Foto de Beatles com inserção de Carol Kalil - Foto: Mark and Colleen Hayward/Getty Images e Matheus Veloso/Metrópoles

A música dos Beatles será revivida por meio da inteligência artificial. A banda concluiu uma nova gravação usando uma antiga fita-demo de John Lennon. A “mágica” ocorreu graças às ferramentas de IA que isolam a voz do saudoso cantor. Quem fez o anúncio foi Paul McCartney, ex-integrante do grupo britânico de rock.

“Acabamos de terminar, e será lançado neste ano”, comentou o ex-companheiro de banda de Lennon. A novidade ganhou o título de “o último disco dos Beatles“, conforme descreveu McCartney. Ele e Ringo Starr são os únicos membros da banda que ainda estão vivos.

Paul McCartney e John Lennon

Processo

Se você imagina ver McCartney sentado tocando um teclado e dizendo ao ChatGPT: “Cante um verso de John Lennon”, não foi bem isso que aconteceu. Em vez disso, eles usaram um material de uma gravação que o saudoso artista fez antes de morrer, em 1980.

“Conseguimos pegar a voz isolada de John, por meio da IA, para que, então, pudéssemos misturá-la no disco”, relatou McCartney.

Em entrevista à BBC, McCartney destacou que percebeu o poder da tecnologia em oferecer uma nova chance de trabalhar na música depois de ver Peter Jackson. O famoso cineasta ressuscitou materiais de arquivo para Get Back, documentário sobre a banda inglesa, que faz o álbum Let It Be.

Os Beatles fizeram sucesso entre as décadas de 1960 e 1970

“Ele conseguiu tirar a voz de John cantando em um piano de um pequeno cassete e separá-la com a inteligência artificial”, explicou Paul McCartney sobre o diretor. O cantor acrescentou: “Eles dizem à máquina: ‘Essa é a voz. Esta é uma guitarra. Tire o violão'”.

McCartney não deu detalhes sobre o que ele diz ser “o último disco dos Beatles”, prestes a surgir décadas depois que Lennon foi baleado e morto em dezembro de 1980.

Surpresas?

O autor Keith Badman, porém, relatou que, em 1994, a viúva de Lennon, Yoko Ono, deu a Paul McCartney várias das gravações-demo do falecido cantor e compositor. A fita incluía Now And Then, música romântica não finalizada pelo saudoso artista.

As tentativas anteriores de terminar a música foram abandonadas devido à má qualidade de áudio da voz de Lennon na gravação.

John Lennon e Yoko Ono em 1975

Futuro

Na entrevista, McCartney também revelou preocupação com a forma como a inteligência artificial pode ser usada daqui para frente, dada a sua capacidade de realizar truques como substituir os vocais de um cantor por outra pessoa.

“Tudo isso é meio assustador, mas emocionante, porque é o futuro”, salientou o arista.

Podemos chegar à conclusão de que temos uma responsabilidade moral e comercial para com nossos artistas de trabalhar para evitar o uso não autorizado de suas músicas e impedir que as plataformas gerem conteúdos que violem os direitos de artistas e outros criadores.

(*) Caroline Kalil é consultora de direito digital, investidora de criptomoedas, colecionadora de NFTs com certificação em KYC Blockchain Professional pela Blockchain Council, e blockchain development pela Consensys, além de autora do e-book O Metaverso Simplificado. Ela tem MBA em criptoativos e blockchain.

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