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Advogada de Brasília afirma que divórcios cresceram 70% na pandemia

Segundo Patrícia Garrote, a cada três mulheres que pediram o divórcio, uma teria sido agredida pelo companheiro

atualizado

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coração partido
1 de 1 coração partido - Foto: Unsplash/Divulgação

Conforme o Metrópoles noticiou no final de agosto, além da busca por escritórios especializados em separações ter aumentado 177% no Google em comparação com o mesmo período de 2019, de acordo com um levantamento, a pesquisa por “divórcio on-line gratuito” cresceu quase 10.000%. Pouco tempo depois, uma nova busca por “divórcio virtual” também teve um aumento de 850%.

Acredita-se que o confinamento forçado de casais e o isolamento podem ter contribuído para esse processo. Em Brasília, no escritório da advogada Patrícia Garrote, especialista em direito da família, a solicitação por divórcio cresceu 70%.

Segundo a jurista, anteriormente à chegada do coronavírus, havia, no máximo, quatro pedidos de divórcio por mês. Atualmente, são quatro por semana. “Isso foi por conta da pandemia, pois as pessoas que nos procuram fazem relatos do convívio turbulento com o cônjuge”, conta.

Ela frisa que, no período de isolamento social, os casais foram “obrigados a ficar muito tempo sozinhos em casa, e isso acabou acarretando em não compatibilidade”. Para a especialista, muitos companheiros só se viam à noite ou aos fins de semana.

Patrícia ressalta que, junto a esses pedidos, houve um aumento da procura por medidas protetivas. Segundo a profissional, “a cada três mulheres que pediram o divórcio, uma teria sido agredida pelo companheiro, não sendo somente agressões físicas, mas psicológicas também.”

patricia garrote
Advogada Patrícia Garrote

Na percepção da especialista, as mulheres estão mais dispostas a denunciar, além de terem mais apoio. “Infelizmente, antigamente, muitas delas eram dependentes dos dos maridos e, hoje, já não é mais assim. Elas têm vidas próprias, independência financeira e não aceitam agressões caladas. Estão certas! Basta de violência doméstica. Os agressores, por sua vez, precisam responder pelos atos”, defende.

sombra de homem batendo em mulher
“A cada três mulheres que pediram o divórcio, uma teria sido agredida pelo companheiro”, garante a jurista

Um levantamento divulgado recentemente pelo Colégio Notarial do Brasil e pelo Instituto Brasileiro de Direito de Família mostra que as separações em cartórios de notas passaram de 4,4 mil em maio para 5,3 mil em junho, com crescimento registrado em 24 estados.

Em maio, as separações registradas em cartórios cresceram 55% e, em junho, atingiram um pico.

Tipos de divórcios

De acordo com a advogada, existem diferentes tipos de divórcio. Nos casos amigáveis, quando há consenso entre o casal, indica-se o divórcio extrajudicial, uma alternativa menos complexa. Esse procedimento ocorre no cartório e é mais rápido.

Já o divórcio judicial acontece perante um juiz e, a depender da complexidade das questões discutidas, poderá levar mais tempo. Assuntos como guarda, pensão e divisão de bens geram uma maior demanda.

Arte de uma casa partida ao meio para simbolizar divórcio do casal retratado. Criança chora no meio

Por fim, existe também o divórcio on-line, meio que dispensa a ida aos cartórios e permite que a solicitação seja feita pela internet. Patrícia diz que o CNJ lançou uma cartilha liberando que os divórcios fossem feitos virtualmente. “A diferença é que cada parte precisa ter uma assinatura virtual para assinar digitalmente, bem como o advogado”, comenta.

Segundo a Associação de Notários e Registradores (Anoreg), o crescimento da procura por escritórios para esse fim refletirá nos cartórios em aproximadamente 60 dias.

Questionada sobre a necessidade de uma pessoa contratar um advogado para realizar o divórcio, Patrícia responde que sim, é necessário, “tanto no divórcio consensual quanto no litigioso”. No caso da desistência da separação por parte dos cônjuges, a profissional explica que, caso o divórcio já esteja sido concretizado, não há como voltar atrás, apenas se houver casamento novamente.

Famosos que se separaram na pandemia

O circuito das celebridades também foi alvo de desistências. Nomes conhecidos internacionalmente romperam seus relacionamentos em meio à pandemia e optaram por seguir diferentes caminhos.

Em julho, Clark Greeg e Jennifer Gray anunciaram a separação em um comunicado conjunto após 19 anos juntos. Já a dupla Kacey Musgraves e Ruston Kelly finalizou o casamento de dois anos.

Kelly Clarkson e Brandon Blackstock deram fim à união após sete anos juntos. Com jornada de seis anos, o namoro de Gerard Butler e Morgan Brown chegou ao fim. Também foi assim com a MC Lyte e John Wyche, após três anos de casamento.

Veja a lista de outras personalidades que se separaram durante o período, segundo a People:

  • Adrianne Palicki e Scott Grimes;
  • Joey Lawrence e Chandie Yawn-Nelson;
  • Armie Hammer e Elizabeth Chambers;
  • Jordana Brewster e Andrew Form;
  • Sean Hannity e Jill Rhodes;
  • Jaime King e Kyle Newman;
  • Mary-Kate Olsen e Olivier Sarkozy;
  • Caterine Scorsone e Rob Giles;
  • Colbie Caillat e Justin Young;
  • NE-YO e Crystal Renay.

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