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Três atitudes empreendedoras que todo concurseiro deve ter

Conheça práticas típicas de empreendedores que ajudam na aprovação em seleções públicas

atualizado

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iStock/Foto ilustrativa
Portrait of happy tired man resting after ending hard task
1 de 1 Portrait of happy tired man resting after ending hard task - Foto: iStock/Foto ilustrativa

O Carnaval terminou e, como reza a tradição, agora o ano começa. Com a lista de promessas e planos do Ano-Novo, é chegada a hora de colocar em prática as decisões tomadas para fazer com que a preparação para o concurso desejado leve, enfim, à aprovação.

Ainda que o calendário de publicação de editais e provas seja algo muito incerto – especialmente para os concursos federais mais esperados –, não há mais motivos para procrastinar o plano de ação. O primeiro passo, sem dúvida, é colocá-lo no papel para que realmente funcione. Exatamente a mesma atitude adotada por empreendedores que querem transformar ideias em negócios de sucesso.

Ao contrário do que muitos pensam, ser empreendedor não é ter uma empresa para gerenciar. É possível adotar atitudes empreendedoras nos mais diversos aspectos da vida, a fim de construir sonhos e realizar projetos. Conceitualmente, empreender é “decidir realizar, pôr em execução, realizar”. Portanto, algo que todo concurseiro faz cotidianamente.

A Organização das Nações Unidas tem um programa, divulgado mundialmente, para o desenvolvimento de 30 atitudes empreendedoras, chamado Empretec, que é promovido no Brasil pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Ao longo de seis dias intensos, por meio de vivências são apresentadas essas posturas e práticas com o propósito de ajudar pequenos empresários a melhorarem seus negócios. O contexto parece diferente à primeira vez, porém a proximidade de propósitos é bem maior do que se possa imaginar.

Partindo dessa proposta, que tem ajudado tantos empresários empreendedores, a coluna Vaga Garantida selecionou cinco atitudes empreendedoras do rol do Empretec que ajudam concurseiros a evitar a procrastinação e ter melhores resultados.

Capacidade de autogestão e autonomia
Todo empresário que é um empreendedor tem a necessidade de tomar as rédeas do negócio para gerar prosperidade. Decidir e fazer boas escolhas são partes determinantes, ou seja, ser capaz de ter autonomia e assumir uma autogestão de tempo, recursos financeiros e da própria energia.

Não faz parte da cultura de um estudante decidir o que fazer e quando. Durante toda a vida escolar, são os professores e o calendário acadêmico que determinam o plano de ação. Quando ingressam no mercado de trabalho, o ponto e as chefias substituem esse papel. Por essa razão tantos concurseiros buscam pessoas – professores de cursos preparatórios, especialistas e até coaches – que decidam o que deve ser algo individual.

Dessa maneira, é um desafio gigante passar a cuidar da própria agenda sem cair na procrastinação ou nas definições exageradas. O hábito da autogestão é um exercício diário de conhecer a rotina e os limites, ser capaz de ser determinado e flexível, cada qual no momento mais adequado.

Persistência e resiliência
É muito comum que os empreendedores quebrem em seus negócios. Há estatísticas da durabilidade de uma empresa para provar isso. Ocorre que aqueles realmente determinados rapidamente dão a volta por cima e criam outro caminho para, mais uma vez, serem bem-sucedidos. Aprender com os erros, persistir nos sonhos e nos projetos e não se manter no chão depois de uma derrota são atitudes típicas de empreendedores.

Aqui, mais uma vez, vale ressaltar a crença cultural depondo contra os concurseiros: uma reprovação pode ser tão dolorosa e atingir em cheio a autoestima de um concurseiro a ponto de fazê-lo desistir da ideia de ser servidor público. Em contrapartida, aqueles que desenvolveram a resiliência e a persistência são capazes de avaliar os aprendizados, fazer os ajustes necessários e seguir em frente, afinal a probabilidade de não ser aprovado é muito maior do que a de acertar – ainda mais nas primeiras tentativas.

Estratégias afinadas
Um bom empresário empreendedor conhece seu mercado, avalia os concorrentes, estuda seus diferenciais para, então, lançar um produto ou serviço – objetivo maior do negócio. Fazendo um paralelo com quem se prepara para concursos públicos, cabe aqui identificar o cargo com o qual se identifique e possa colaborar ativamente, observar e aprender sobre os perfis das bancas examinadoras, conhecer os processos internos de criação e liberação de um edital, seus direitos e, claro, seus deveres como aspirante.

Ser concurseiro não é só se matricular ou comprar um curso, ler e assistir horas a fio sem um propósito definido e alinhado com o que se deseja para uma carreira bem-sucedida. Atualmente, há uma valorização significativa das posturas proativas e inovadoras no setor público, diferenciais que, muito em breve, serão essenciais para contabilizar bons pontos nas avaliações de desempenho para progressão de carreira – como já foi abordado aqui na coluna Vaga Garantida.

Estudar mais ou reduzir o ritmo, descansar ou não em um feriado, comprar ou não um curso novo, fazer simulados semanais ou quinzenais, candidatar-se a mais de um edital ao mesmo tempo… decisões que precisam ser tomadas a partir de uma avaliação estratégica de perdas e ganhos, prós e contras. Algo que os empreendedores estão acostumados a fazer e que é muito indicado aos concurseiros.

Colocando em prática 10% das atitudes sugeridas pela Organização das Nações Unidas aos pequenos empresários, já é possível mudar os rumos de uma preparação que, até então, está focada em uma prova e não em um projeto de construção de uma carreira de sucesso no setor público.

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